Out. 11, 2018 04:26 UTC
  • Nikki Haley não será lembrada como defensora dos direitos humanos: disse o ativista da HRW

Pars Today- As Nações Unidas não se lembrarão de Nikki Haley, a embaixadora dos EUA na entidade mundial, como "defensora" dos direitos humanos, diz Louis Charbonneau, diretor da organização Human Rights Watch (HRW).

Haley "não será lembrado como uma firme defensora dos direitos humanos", disse nesta quarta-feira Charbonneau em um  comunicado  publicado no site da HRW. Ela "defendeu vigorosamente os abusos explícitos israelenses, como o uso ilegal de força letal que matou mais de 150 manifestantes em Gaza este ano", acrescentou. "Mas seu principal legado será liderar a retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, descartando-a como uma instituição ineficaz que criticou muito Israel", observou ele.

Charbonneau criticou ainda Haley por divulgar o conselho de Genebra como uma "fossa" anti-Israel, reiterando que o governo dos EUA decidiu se retirar do conselho pouco depois de as tentativas de Haley de "reformar" não receberem apoio de membros da ONU.

"O Conselho de Direitos Humanos, como outros órgãos da ONU, tem suas deficiências, incluindo violadores de direitos em série como a Arábia Saudita ... Ainda assim, o conselho teve um impacto positivo, com ou sem o envolvimento dos EUA", concluiu.

Em 19 de junho, Haley e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciaram conjuntamente a retirada de Washington do UNHRC sobre o que eles chamavam de preconceito do corpo contra Israel. O conselho classificou a retirada como "um triste reflexo da política de direitos unidimensionais da administração dos EUA", enfatizando que a defesa de Washington dos abusos israelenses tem precedência sobre tudo o mais.

Após a formação do UNHRC em 2006, a administração do então presidente dos EUA George Bush anunciou que não procuraria um assento no conselho. O boicote continuou até 2009, quando sob o presidente Barack Obama a Casa Branca anunciou disposição para se juntar ao conselho. Desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em 2017, os EUA também renunciaram à agência cultural da ONU, UNESCO, e anunciaram sua retirada do acordo climático de Paris apoiado pela ONU e do acordo nuclear com o Irã.

 

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