Jul. 19, 2018 04:15 UTC
  • As importantes observações do líder da Revolução Islâmica no Irã no seu encontro com membros do poder Judiciário

Pars Today – A justiça tem um lugar importante no Islã, então um juiz justo e integro pode pavimentar o caminho para divulgar a justiça na sociedade, que é um dos princípios básicos do Islã. O versículo 58 da surata An nísa diz:

“Allah manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o equidade. Quão excelente é isso a que Allah vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente”.

Além disso, a Constituição da República Islâmica do Irã, baseada nos valores transcendentais do Islã, atribui grande importância à justiça e ao judiciário. Na introdução do artigo 156 da Constituição, lemos: "o poder judiciário é um poder independente e um defensor dos direitos individuais e sociais e é responsável pela materialização da justiça na sociedade". Além disso, de acordo com a Constituição, o Líder escolhe o presidente do poder judicial para garantir a independência desse poder.

No dia sete de Tir no calendário iraniano (28 de junho), é denominado a semana do Judiciaria e nessa ocasião o líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, se reuniu com funcionários do sistema de judiciário do país. 

No início da reunião, o aiatolá Khamenei disse que a nomeação da Semana do Judiciário, que coincide com o aniversário do martírio do aiatolá Beheshti, como muitas ocasiões do calendário sistema islâmico, se baseia  em o martírio e sacrifício no caminho de Deus.

Em 28 de junho de 1981, um dos maiores atentados terroristas ocorreu na República Islâmica do Irã. Neste dia explodiu uma potente bomba no auditório do Partido da Republica islâmico em Teerã e, portanto, foi martirizado aiatolá Seyed Mohammad Husseini Beheshti, o então chefe do Supremo Tribunal, juntamente com 72 outras autoridades do país, incluindo quatro ministros, 12 vice-ministros e 30 parlamentares, tendo sido reivindicada a autoria do atentado  por grupo terrorista de MKO.

Após a vitória da Revolução Islâmica, o Irã enfrentou uma enorme onda de tramas do grupo terrorista de MKO, assassinaram mais de 17 mil pessoas inocentes do país.

Aiatolá Khamenei, disse que "o Judiciário deve ser a manifestação da justiça e um refúgio para a nação, e o povo deve sentir seguro, quando se enfrentar a agressão ou uma violação da lei, podendo reclamar seus direitos com tranquilidade  ao recorrer ao poder judiciário".

Segundo o Líder da Revolução Islâmica, aplicação da lei, que é a base da vida social, e uma das tarefas do judiciário é lutar contra a violação da lei e os infratores.

Ele descreveu a responsabilidade do poder judiciário como o poder Executivo e crucial para o país. Neste sentido agregou: "Se o poder judiciário funcione bem no cumprimento de sua responsabilidade, ou seja, estabelecer a justiça, resolver as disputas e castigar os violadores da lei, o povo estará satisfeito e feliz com o governo e o desempenho do sistema, caso contrário, as pessoas ficarão insatisfeitas".

 O aiatolá Khamenei também ressaltou: "Hoje, o Judiciário é alvo da mais intensa propaganda e pressão mediática, tanto por inimigos no exterior quanto pelos ignorantes dentro do país", por isso, a correta publicidade e a luta contra a propaganda venenosa são preocupações dos responsáveis ​​pelo judiciário.

Aiatolá Khamenei reiterou: "Hoje, através de propaganda e as complexas ferramentas  midiáticas, o negro se apresente como o branco e o mal absoluto é descrito como bem ".

Portanto, o aiatolá Khamenei considerada necessária informar corretamente o povo sobre as ações do poder judiciário. Ele acrescentou que a confiança do público deve ser ganho com a publicidade correta, sublinhou a necessidade de prosseguir a reforma interna do Judiciário, pois em sua opinião, o Judiciário deve caminhar em direção à constante correção interna.

Em outra parte do seu discurso, o Líder da Revolução Islâmica qualificou importante o papel do órgão judicial na luta contra a corrupção econômica e reiterou: "Na solução do problema fundamental do país, ou seja, a economia, o poder Executivo desempenha um papel importante, no entanto, os poderes legislativo e judiciário também são eficazes e influentes ".

Ele descreveu a criação de segurança na esfera econômica como um dos deveres do Judiciário e acrescentou que "o Judiciário deve agir de tal maneira e confrontar aqueles que perturbam a segurança publica para que o ambiente laboral e a vida do povo sejam seguros ".

Aiatolá Khamenei disse que outra responsabilidade do Judiciário deve "se envolver e ser ativo sobre este tema abertamente e de forma eficaz." Ele enfatizou também que a corrupção econômica no Irã não é tão extensa como alegado por alguns meios de comunicação. A este respeito, acrescentou: "A corrupção não é generalizada, a corrupção pertence a um pequeno grupo de corruptos, existem poucas pessoas no aparato governamental, dispositivos populares, no ambiente empresarial, no entanto, deve enfrentar essas poucas pessoas corruptas de maneira firme e explicar o processo ao povo”.

Aiatolá Khamenei também expressou sua satisfação com as medidas do Judiciário para restaurar os direitos da nação iraniana contra a intimidação dos inimigos e contra os chamados ativistas de direitos humanos.

"Sobre o tema dos direitos humanos somos credores ao mundo, não somos devedores", frisou.

O Líder se referiu a vários crimes cometidos por aqueles que alegam defender os direitos humanos, incluindo os crimes dos franceses para enfrentar o movimento liberal do povo da Argélia que se cobriu a vida de sete milhão de pessoas na Argélia em meados do século XX.

Para explicar este crime, o líder disse que as catástrofes que causaram os franceses na África, na Argélia e em outros lugares, fazem tremer a humanidade. Imagine que manchar um lago com petróleo e esse tipo de coisa, depois se mover uma grande multidão-mulheres, homens e crianças de uma aldeia até esse lugar (o lago) e, em seguida, começar a disparar contra eles. Eles, por temor, refugiavam ao lago, mas logo se queimam naquele lago. Isso foi feito pelos franceses”, lembrou ele.

Em seguida, o Guia iraniano se referiu ao assassinato o povo indiano pelos britânicos no jardim do Jallianwala em 1919 e acrescentou: Na Índia, 6.000 pessoas se reuniram em um jardim para protestar, os britânicos assassinaram todos eles com metralhadoras, seis mil pessoas em um só dia, ou em meio dia ou em poucas horas!, lamentou.

Crimes dos diretos humanos dos EUA  são abundantes e ao longo da história, desde o assassinato de índios e negros a todos os tipos de crimes contra outras nações. Por essa razão, o aiatolá Khamenei referiu-se às catástrofes na Síria, Iêmen e Mianmar na época atual. Nesse ponto, sublinhou: "Eles alegam defender os direitos humanos. Nós reclamamos contra os mentirosos dos que reivindicam defensores dos direitos humanos".

O aiatolá Khamenei, no final de suas declarações, desejou sucesso a todos os funcionários do poder judiciário do país, lhes pediu para transformar este órgão em uma entidade forte e perfeita que pudesse  atrair a satisfação divina e do povo iraniano.

 

 

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