Ago. 21, 2018 14:20 UTC
  • Os pontos de vista do aiatolá Khamenei, no seu encontro com um grupo da população iraniana

Milhares de pessoas de vários grupos sociais se encontraram com o aiatolá Khamenei no Hussayniyeh do Imam Khomeini na segunda-feira, 13 de agosto de 2018.

Nesta reunião, o Líder Supremo da Revolução abordou os problemas econômicos recentes do país, chamando "fatores internos" como a origem e a fonte da crise e acrescentou: "Os acadêmicos e muitos funcionários acreditam que o problema é interno. O problema da moeda de ouro e mercado cambial desdobrou devido à negligência e má gestão. Pessoas de todas as esferas da vida agora estão sentindo os problemas de subsistência. Um grupo do povo está realmente sob a extrema pressão. A inflação disparou consideravelmente e os preços altos de alimentos e na habitação e outros problemas econômicos e laborais pressionam cada vez mais as pessoas”.

Em uma reunião com milhares de pessoas de várias províncias e de todas as classes sociais na segunda-feira, 13 de agosto de 2018, o líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei, fez algumas observações importantes sobre as condições econômicas do país e os meios de subsistência dos iranianos, a malevolência e sua proposta de negociações e a necessidade de uma unidade global entre o povo e as autoridades. Ele reiterou: “Os problemas econômicos e suas soluções são claros; não há impasse no país e as autoridades de todos os três ramos do governo devem tirar o peso destes problemas dos ombros do povo por meio de esforços, integração na pratica de soluções conjuntas e o aproveito das opiniões dos especialistas em assuntos econômicos”. 

Também em relação à questão das conversações com os EUA, ele enfatizou: “Não vamos nos engajar em negociações com os EUA devido a um raciocínio preciso baseado em experiência no passado e os danos abundantes de manter conversas com um regime de intimidação e trapaceiro; e nós favoravelmente enfrentaremos esta fase sob os auspícios da unidade e unanimidade do povo e oficiais do país”. 

Em suas observações, o líder da Revolução Islâmica apontou aos problemas econômicos e de meios da subsistência do país e para o recente disparo generalizado dos preços, que colocou uma parte da nação sob a pressão e com dificuldades economicamente. Ele disse: "A maioria dos especialistas em economia e a maioria dos funcionários do governo concordam que a razão para todos esses problemas não são meramente as sanções, mas é resultado de questões domésticas e da forma de gerenciamento e formulação de políticas executivas". 

O aiatolá Khamenei enfatizou: “Não estou dizendo que as sanções não tenham nenhum efeito; no entanto, a maioria dos problemas econômicos recentes está relacionada a desempenho e o desempenho dos gestores, se os desempenhos forem melhores, mais prudentes, mais tempestivos e mais fortes, as sanções não terão um grande impacto e poderemos resistir a elas”.

Ele apontou para as recentes flutuações nas taxas de câmbio das moedas estrangeiras e nos preços das moedas de ouro, bem como a drástica desvalorização da moeda nacional, acrescentando: A moeda estrangeira existente no país, devido à imprudência e num momento em que tivemos problemas em obter divisas, foi fornecida a algumas pessoas e outras abusaram disso causaram esta especulação no mercado. Esse caso é problema de gestão e não têm nada a ver com sanções ”.

O Guia supremo da Revolução Islâmica reiterou: “Quando moedas estrangeiras ou moedas de ouro são erroneamente distribuídas ou divididas, os problemas atuais surgem porque há dois lados nessa questão: de um lado, a pessoa que toma e, de outro, a pessoa quem dá. Estão  procurando aqueles que receberam a moeda estrangeira ou moedas de ouro, enquanto uma grande parte da culpa recai sobre o indivíduo que forneceu a moeda estrangeira ou moedas de ouro com imprudência e a recente medida do Judiciário é no sentido de lidar com pessoas que causaram este caos e uma queda significativa no valor da moeda nacional através de violação e um planejamento errôneo”.  

Ele apontou os inimigos de aproveitar esses erros e exemplos de imprudência, acrescentando: “Por várias razões, não temos escassez de inimigos malévolos e perversos; eles estão em emboscada para se empoleirar na ferida como uma mosca e incutir a noção da ineficácia do sistema e da existência de um beco sem saída no país, aproveitando os erros de algumas pessoas, para desanimar o povo”.

O aiatolá Khamenei apresentou várias sugestões para resolver os problemas, dizendo: “Recentemente, alguns destacados especialistas econômicos escreveram uma carta por compaixão ao presidente e ao enumerar alguns dos problemas econômicos estruturais e existentes, ofereceram soluções e a maioria dessas soluções estava correta”.

Ele ressaltou que a maioria dessas soluções foi declarada em lemas anuais e políticas gerais, acrescentando: “Portanto, os problemas econômicos do país têm soluções, e o inimigo e alguns de seus seguidores dentro do país e na mídia não podem simplesmente lançar propaganda maliciosa sugerindo que o país chegou a um beco sem saída e que não há outro caminho senão recorrer a tal e tal demônio ou o Grande Satã”. 

O Líder da Revolução Islâmica reiterou: “As autoridades começaram a aplicar algumas dessas soluções; no entanto, deveriam realizá-las com mais seriedade e já declarei essa questão em reuniões privadas com os chefes dos três ramos do governo e com outras autoridades do país, e eles estão acompanhando essas questões com a devida atenção”. 

O aiatolá Khamenei enfatizou que não temos escassez de recursos humanos qualificados, talentosos e jovens no país, dizendo: "Os dirigentes em vários setores devem selecionar e aproveitar de estes pessoas e profissionais".

O Líder da Revolução Islâmica ressaltou que sempre apoiou as administrações bem com apoiará esta administração, reiterando: “Mais uma vez enfatizo enfaticamente aos funcionários do governo para encontrar maneiras de levar a liquidez à produção através da inteligência, planejamento e consulta com pessoas sábias”.

O Líder da Revolução Islâmica enfatizou: "Qualquer um que declare que chegamos a um beco sem saída é um tolo ou a sua observação é traidora".

Continuando com o tema das questões econômicas, o aiatolá Khamenei apontou ao tema corrupção e a necessidade de enfrentá-lo no país, dizendo: “A recente carta do Chefe do Judiciário [aiatolá Sadeq Amoli Larijani] é um passo importante e positivo para combater a corrupção e os corruptos”.  

O aiatolá Khamenei precisou que sempre falava em necessidade de combater a corrupção, acrescentando: “A corrupção é um bicho de sete cabeças que deve ser totalmente e seriamente combatido; além disso, quando a corrupção e os corruptos são combatidos, certamente isto trará alivio e sanidade”.

O Líder da Revolução Islâmica salientou: "A declaração explícita desta questão é por esta razão que todos devem saber que a intenção do Estabelecimento para lidar com o corrupto é seria e sem reservas".  

Ele acrescentou: “Em relação à corrupção, alguns falam de uma maneira que aparentemente todo o sistema é corrupto e alegam que a corrupção é sistêmica e generalizada, embora não seja esse o caso e temos muitos gerentes honestos e fiéis no país e falando de todos é uma injustiça para com essas pessoas e uma injustiça para com o establishment islâmico ”.  

“Algumas pessoas são negligentes em seus comentários e escritos. Você não pode generalizar e estender a corrupção a todo o aparato do estado e entre todas as pessoas por toda a parte do país ” acrescentou o líder.

O aiatolá Khamenei enfatizou que os poderes executivo e legislativo devem bloquear todos os caminhos para a corrupção, dizendo: “Se nas questões de moeda estrangeira e moedas de ouro, tivessem sido monitoramento necessário, cuidadoso e acompanhamento, teriam bloqueados os caminhos para a corrupção”.    

Ele também pediu que todo o povo permanecesse vigilante e agisse  contra as provocações inimigas, acrescentando: “A nação iraniana sempre estava presente no campo da batalha contra o inimigo e todos devem saber que o inimigo busca tirar vantagem dos pontos fracos contra o inimigo. ” 

O Líder da Revolução Islâmica exortou veementemente os aparatos midiáticos, ou seja, a IRIB, a imprensa e os sites no ciberespaço a tomar cuidado para não criar desespero na sociedade, dizendo: “Não há problema com críticas; porem, o povo não deve ser desanimado. Às vezes, essas coisas são ditas em um jornal ou em um programa de rádio ou televisão que fazem parecer que todas as portas estão fechadas; enquanto isso não é o caso ”.    

O aiatolá Khamenei sublinhou: "A nação iraniana e o sistema islâmico vão sair desta fase, que será mais fácil do que as etapas anteriores, da mesma forma que deixaram para trás estágios difíceis". 

Ele disse que as autoridades americanas se tornaram mais ousadas e mais rudes nos últimos meses, reiterando: “Eles não observaram a ética política e diplomática em suas observações no passado; no entanto, os atuais funcionários do regime dos EUA falam ao mundo de maneira tão descarada, desavergonhada e rude que parece que foram destituídos de toda a decência ”.  

O aiatolá Khamenei recordou dois crimes por parte dos sauditas no Iêmen na semana passada, ou seja, o bombardeio de um hospital e um ataque a um veículo que transportava crianças iemenitas e massacrar dezenas de crianças inocentes e indefesas, acrescentando: “A consciência do mundo foi perturbada por esses crimes e governos, ainda que protocolarmente, expressavam certo arrependimento; no entanto, em vez de condenar essas atrocidades, os americanos falaram descaradamente de seus laços estratégicos com os sauditas e deram origem a esta pergunta: “Será que as autoridades norte-americanas são realmente seres humanos”?”.  

Ele descreveu como outro crime sem precedentes a separação de cerca de 2.000 crianças de suas famílias e prendendo-as sob o pretexto de serem migrantes indocumentados, acrescentando: “O ponto angustiante é que os americanos estão realizando tais medidas sem vergonha ou remorso diante dos olhos do público mundial.”   

O Líder da Revolução apontou para os ardilosos comentários dos oficiais do regime dos EUA sobre sanções, guerra e negociações, dizendo: "Eu enfatizo que não haverá guerra e não negociaremos".

O aiatolá Khamenei acrescentou: "É claro que eles não explicitarão a questão da guerra, mas procurarão criar e impulsionar o “espectro da guerra” por meio de intimação e assustar a nação iraniana".

Sobre a mesma questão, ele reiterou: "Nenhuma guerra se realizará, porque, como no passado, nunca iniciaremos uma guerra e os americanos também não iniciarão o ataque, porque sabem que isso revoltará contra eles. A República Islâmica e a nação iraniana provaram que vão dar um golpe mais pesado e duríssimo a qualquer agressor”.   

Continuando a elaborar projetos dos EUA contra a República Islâmica e a nação iraniana, o Líder da Revolução voltou-se para a questão da proposta de negociações, acrescentando: “É claro que, nessa questão, eles estão agindo de acordo com um jogo primitivo e sem valor. Inicialmente, uma pessoa diz que negocia e não há precondições, a outra define precondições”.

O aiatolá Khamenei disse: “Ao contrário do que se supõe dentro do país, o pedido dos americanos para conversações não é uma questão nova e foi repetida várias vezes nos últimos 40 anos, mas enfrentou a resposta negativa do Irã. Até mesmo o presidente dos EUA na época, [Ronald] Reagan, que era mais forte do que os atuais, no caso conhecido como McFarlane, secretamente o enviou para Teerã para conversações, mas retornou sem sucesso”.   

Elaborando os argumentos do Irã para recusar negociações com os americanos, o Líder da Revolução disse: “Eles têm uma fórmula especial para negociações, que deve ser entendida e então essa pergunta deve ser respondida: 'Será que qualquer pessoa sã se envolverá em negociações com essa fórmula? "

Ele disse que o princípio das negociações nas convenções diplomáticas é dar e receber, reiterando: "Em todas as negociações, os americanos, confiando em sua política, propaganda e poder financeiro, buscam quebrar qualquer resistência contra a realização de seus objetivos". 

Ele acrescentou: "Durante as negociações, os americanos só fazem promessas com termos aparentemente tranquilizadores, mas buscam concessões imediatas do lado oposto e não aceitam compromissos".

Referindo-se ao acordo nuclear de 2015 conhecido como Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA), o Líder da Revolução reiterou: “Vivenciamos essa realidade no JCPOA, assim como os americanos adotaram a mesma abordagem nas negociações com a Coréia do Norte”. 

Ele reiterou: "Onde quer que nas negociações o lado oposto se recuse a fazer concessões imediatas, os americanos lançam tal propaganda e tumulto mediático no mundo que o outro lado recua e se torna passivo".

Explicando o ponto final da fórmula de negociações dos americanos, o aiatolá Khamenei acrescentou: "Além disso, depois das negociações, os americanos renegam facilmente suas promessas e não as cumprem". 

Depois de declarar este fato, o Líder da Revolução levantou uma questão básica: "Por que devemos nos sentar à mesa de negociações com um regime de intimidação e trapaça que negocia assim?" 

Ele descreveu o JCPOA como o exemplo claro do resultado das negociações com os EUA, em que algumas das linhas vermelhas especificadas obviamente não foram observadas. 

Ele reiterou: “Considerando a fórmula dos EUA nas negociações, qualquer governo no mundo que se envolva em negociações com eles enfrentará problemas, a menos que sua orientação esteja alinhada com a de Washington. É claro que o atual governo dos EUA até mesmo intimida os europeus ”.

O aiatolá Khamenei reiterou: "O falecido Imam [Khomeini], o fundador da revolução islâmica também proibiu as conversas com os EUA até que este regime consertasse seus caminhos e também enfatizamos esse ponto". 

Ele acrescentou: "Mesmo se na chance de estiver conversando com os americanos, certamente não entraríamos em conversações com o atual governo". 

 “Negociações com o regime tão exigente dos EUA não são um meio de remover ou reduzir sua hostilidade, mas está dando aos Estados Unidos uma ferramenta para que possam agir de forma mais extrema e grandemente inimiga e perseguir seus objetivos”, agregou o líder.  

O aiatolá Khamenei enfatizou: “É claro que, com a graça de Deus e a vigilância do povo e dos funcionários, os EUA também serão derrotados na guerra econômica”.

 “Uma pessoa mentalmente retardada diz à nação iraniana que seu governo está gastando seu dinheiro na Síria, enquanto seu chefe admitiu que os EUA gastassem 7 trilhões dólares na região e não ganharam nada ”.

O Líder da Revolução acrescentou: "Ajudamos dois países amigos, o Iraque e a Síria, contra as ameaças dos EUA e da Arábia Saudita, e essas assistências são uma espécie de troca entre governos amigos".

Aiatolá Khamenei acrescentou: “Aqueles que dizem que a Administração do país deve ser destituída estão desempenhando um papel no plano do inimigo. O governo deve permanecer no cargo e cumprir suas responsabilidades na resolução dos problemas ”.

No final de seu discurso, ele apontou as observações do Imam Khomeini sobre a mão poderosa de Deus em ajuda a nação iraniana e do sistema islâmico, acrescentando: “Nós também sentimos essa poderosa mão de Deus; uma força que se manifesta na fé da nação ”.

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