Out. 11, 2018 17:26 UTC
  • A violação de direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade (31-2018).

Pars Today- Na edição de hoje continuamos a rever algumas responsabilidades legais e escândalos de Donald Trump.

O presidente dos EUA, Donald Trump, com seu comportamento e decisões contraditórias, vai contra os direitos internacionais e a ordem mundial, então ele tem sido alvo de múltiplas críticas. Uma das decisões de Trump que provocou a fúria da maioria dos ativistas e organizações de direitos humanos é o apoio ilógico dos EUA ao regime sionista. A retirada dos Estados Unidos de várias entidades especializadas das Nações Unidas, como a UNESCO e o Conselho de Direitos Humanos, apenas para apoiar o regime israelense, desencadeou a ira de muitos ativistas internacionais. Da mesma forma, as outras posições de Trump em relação aos Al-Quds, como ignorar os direitos dos palestinos e resoluções internacionais a esse respeito, confrontaram os ativistas de direitos humanos com um grande choque.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, após a guerra de 1967, adotou a resolução número 242, segundo a qual as regiões, como as Colinas de Golã da Síria, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, que abrange também o Al-Quds Oriental, é considerado ocupado e ordena que o regime israelense se retirasse dessas áreas. Mesmo nos últimos anos, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança da ONU aprovaram algumas resoluções nas quais se considera que, pelo menos, a parte oriental de Al-Quds pertence aos palestinos. A esse respeito, em novembro de 2015, seis resoluções contra Israel foram aprovadas na Assembleia Geral da ONU e, em uma delas, os países do mundo consideram ilegal a construção de assentamentos sionistas por Israel nas áreas ocupadas, e expressam preocupação com quaisquer medidas similares, tais como impor limitações à entrada e saída de palestinos de Beit Al-Muqaddas (a Mesquita de Al-Aghsa) ou isolar esta cidade de outras regiões da Palestina ocupada; Além disso, eles consideraram que todas as medidas do regime israelense em Beit Al-Muqaddas são ilegais.

Embora até agora, Israel não tenha se retirado dessas regiões, Trump, com suas novas medidas anti-palestinas que violam a citada resolução, reconheceu oficialmente todas as medidas ilegítimas e ilegais do regime sionista. 

 

As medidas de Trump violam flagrantemente a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em dezembro de 2016 para condenar a construção de assentamentos sionistas. Ele, com suas escandalosas decisões, não só deu permissão a Israel para continuar ampliando os assentamentos em Al-Quds(Jerusalém), como o gabinete sionista aprovou a construção de mais de 1400 unidades habitacionais e novos assentamentos em Al-Quds.

No entanto, outra medida do governo Trump que se tornou crítica de ativistas internacionais e os direitos das crianças é a notícia ligada à separação das crianças de seus pais migrantes para serem mantidos em gaiolas. Este ano, o governo Trump implementou políticas duras contra a migração nas proximidades das fronteiras com o México. Um deles foi a separação de milhares de crianças que, juntamente com seus pais, pretendiam entrar no território dos EUA. As famílias dos migrantes foram detidas e separadas e depois confinados em locais de condições inadequadas. Da mesma forma, nos últimos meses, algumas fotos foram publicadas mostrando que o governo Trump deteve imigrantes em grandes jaulas.

Separar as crianças de seus pais que tentam entrar ilegalmente no solo dos EUA e enviá-las para residências separadas provocou várias críticas contra o governo Trump, dentro e fora dos EUA. Nesse sentido, o Papa Francisco, líder dos católicos do mundo, em reação a essa medida, a chamou de inumana e inaceitável.

Vale ressaltar que as responsabilidades do presidente Trump não se limitam apenas ao cenário internacional, mas, no cenário doméstico, a publicação de algumas notícias sobre corrupção no plano sentimental e financeiro do presidente norte-americano levou a muitos escândalos. Nesse sentido, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, aceitou oito acusações de corrupção financeira durante a campanha do republicano Trump.

Um dos mais fortes escândalos sobre Trump é o pagamento de propinas a Stormy Daniels, atriz de filmes pornográficos, e Karen McDougal, modelo da Playboy, em ambos os casos por seu silêncio sobre as relações secretas do presidente com essas mulheres. 

O pagamento de propinas a mulheres é um dos escândalos morais de Trump que até agora tem sido alvo de múltiplas críticas e provocou a indignação dos defensores dos direitos das mulheres. De acordo com os resultados de uma pesquisa publicada recentemente, após os escândalos morais de Trump, sobre a revelação de suas relações  com Stormy Daniels, o apoio das mulheres ao presidente foi bastante reduzido. Com base nesta pesquisa, o apoio das mulheres ao Trump passou de 41% para 35%.

 

Cohen confessou que pagou dinheiro a Stormy Daniels e Karen McDougal por ordem de Donald Trump e também insistiu que pagar suborno a essas duas pessoas tinha a intenção de evitar qualquer influência sobre o resultado da eleição de 2016, na qual Trump foi candidato para o Partido Republicano.

Outro escândalo de Trump que foi levantado antes da eleição presidencial dos EUA e ainda não foi resolvido, refere-se à evasão fiscal do Presidente. O histórico de Trump mostra que, por pelo menos 18 anos, ele evitou pagar impostos. O New York Times revelou que Trump teria evitado o pagamento de impostos por quase duas décadas, deduzindo as perdas avaliadas em US $ 960 milhões que ele declarou em 1995.

Donald Trump é o primeiro candidato à presidência nas últimas quatro décadas que se recusa a publicar seu retorno de imposto. E como sua empresa não está listada, as informações fiscais são a única janela para saber como sua empresa atuava as doações feitas e os retornos obtidos graças à agressividade de sua estratégia.

No entanto, outro caso que vai contra o presidente dos EUA é ter aceitado dinheiro de países estrangeiros, o que é considerado uma violação da lei constitucional daquele país. De acordo com a Constituição dos EUA, o presidente deste país não pode receber dinheiro dado pessoalmente por governos estrangeiros. Trump, após sua vitória na eleição presidencial dos EUA, anunciou que abandonaria completamente seu emprego para se concentrar na presidência daquele país. No entanto, tem havido algumas queixas contra Trump, que mostram que o presidente recebeu dinheiro de países estrangeiros no âmbito do seu negócio, o que constitui uma violação das leis dos EUA. De acordo com as revelações, Trump se beneficiou da locação de quartos em seus hotéis e edifícios para governos estrangeiros.

Atualmente, o caso mais importante que se aproxima de Trump está ligado ao papel da Rússia nas eleições presidenciais dos EUA, em particular, a possível ajuda para Trump ganhar estas eleições. O responsável pela investigação deste dossiê é Robert Mueller, nomeado pelo Departamento de Justiça dos EUA como promotor especial da investigação em relação à trama russa na eleição presidencial de 2016. De acordo com o processo de investigação, até agora, cerca de 11 pessoas, incluindo assistentes de Trump ou amigos próximos, confessaram o envolvimento da Rússia na disputa eleitoral ou no período da transmissão do gabinete presidencial dos EUA.

No entanto, o que é importante a este respeito é o papel da corrupção no sistema político e a violação das regulamentações internas e internacionais por interesses pessoais. Parece que todos os esforços feitos por uma sociedade internacional organizada e todos os regulamentos propostos para proteger os direitos dos povos estão sendo enfraquecidos e destruídos dentro da estrutura de um sistema complicado e corrupto. Isto, enquanto todas estas medidas são levadas a cabo por certas pessoas que proclamam impor leis, justiça e paz em todo o mundo. Mas os contínuos escândalos e a revelação de assuntos secretos revelaram outras amargas realidades.

 

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