Brasil: Jogadora de voleibol atacada por taxista no trânsito
(last modified Sun, 23 Oct 2016 03:59:16 GMT )
Out. 23, 2016 03:59 UTC
  • Brasil: Jogadora de voleibol atacada por taxista no trânsito

Luciana Severo é uma conhecida jogadora de voleibol no Brasil. A atleta, que veste a camisola do clube carioca Fluminense, garante ter sido brutalmente atacada em pleno trânsito do Rio de Janeiro.

A jogadora, que é também advogada, fez uma extensa publicação na sua página do Facebook onde detalhou o ataque.

Segundo a própria, tudo começou quando, na última quinta-feira, estava parada num sinal vermelho na avenida Prudente de Moraes em Ipanema, no Rio de Janeiro. Quando o sinal ficou verde, Luciana terá demorado um pouco mais a arrancar, o que irritou o taxista que seguia logo atrás e que atirou diversos impropérios na direção da atleta.

Mas o pior aconteceu no semáforo seguinte quando o condutor do táxi saiu do carro e se dirigiu a Luciana que, entretanto, também já estava no exterior da sua viatura.

“Saí do carro e pensei ‘ele vai ver que sou uma mulher e que não sou problema para ele’. Achei mesmo que ele se ia acalmar, mas não. Ele deu-me um murro na cara, eu caí e ele continuou a agredir-me. Quem assistiu diz que parecia que ele estava a chutar uma bola de futebol”, escreveu Luciana citada pelo caderno Extra da Globo.

A atleta foi salva por um condutor que parou para ajudar, mas ainda assim ficou com o nariz e um dedo partidos e com diversos hematomas espalhados pelo corpo.

Luciana garantiu que vai processar o taxista, pois devido às lesões não vai poder jogar a final de voleibol que se disputa amanhã.

“Ele impediu-me de exercer a minha profissão. Vou ter que fazer uma cirurgia ao nariz e ainda assim só foi considerada uma lesão leve. Só neste país. Quando cheguei ao Instituto de Medicina Legal ainda tive que ouvir ‘como é que ele pôde bater numa mulher tão bonita?’”, acrescentou a desportista que deixou claro: “Vou processá-lo de todas as formas possíveis. Quero que pague todas as despesas médicas que eu vou ter. Um homem assim não tem condições emocionais para prestar um bom serviço à população. Quero que ele perca a licença”.