Dilma convoca mulheres a lutarem contra políticas de género
(last modified Wed, 08 Mar 2017 19:44:40 GMT )
Mar. 08, 2017 19:44 UTC
  • Dilma convoca mulheres a lutarem contra políticas de género

A ex-Presidente do Brasil Dilma Rousseff pediu hoje que as mulheres brasileiras combatam o desmantelamento de políticas de combate à discriminação de género que ela disse ter lançado no seu Governo (2011-2016).

A antiga chefe de Estado brasileira, deposta pelo Congresso em agosto do ano passado depois de ser considerada culpada por irregularidades na gestão das contas públicas, acusou o Governo de seu sucessor e antigo vice-presidente, Michel Temer, de acabar com várias das iniciativas lançadas para combater a violência e a discriminação contra as mulheres.

"No Brasil marcharam hoje na resistência contra o desmantelamento das políticas criadas nos governos democráticos, com a ampla participação das mulheres", disse num vídeo colocado na rede social Facebook, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala internacionalmente.

De acordo com Dilma Rousseff, as políticas que o novo Governo quer supostamente suprimir foram projetadas para combater a violência de género, promovendo a capacitação económica das mulheres para garantir os seus direitos sociais.

"Vamos lutar e resistir ao golpe. Lutar pela democracia que construímos com a participação de nós mulheres como protagonistas, conscientes do nosso papel histórico", disse Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil.

Também num vídeo divulgado através da sua conta no Facebook, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e padrinho político de Dilma Rousseff, disse que a mobilização das mulheres não é apenas contra a violência, mas também contra a insegurança do emprego e desigualdades salariais.

"Fomos criados em uma sociedade machista que subestima as mulheres. Não é justo que uma mulher ganhe menos do que um homem exercendo a mesma função. Não é justo, que o Governo elimine os direitos conquistados com muito esforço, como é o caso das reformas", disse.