Manifestações contra reforma da Previdência de Temer paralisam o Brasil
Protestos contra a reforma da Previdência e a terceirização aconteceram em 17 estados, principais cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife tiveram as vias fechadas.
As manifestações também fazem uma convocatória para uma greve geral no país em resistência às medidas do governo de Michel Temer.
Centrais sindicais e movimentos sociais realizam na sexta-feira uma série de manifestações pelo país contra a reforma da Previdência e as mudanças na legislação trabalhista defendidas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Não há nem previsão de greve nem interrupção dos serviços de transporte público, diferentemente do que ocorreu no Dia Nacional de Paralisações, em 15 de março.
Na ocasião, trabalhadores do setor cruzaram os braços em cidades como São Paulo, Curitiba e Salvador. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, definiu os protestos desta sexta como um "aquecimento" da "greve geral" convocada para o dia 28 abril.
A central sindical se articula para realizar no próximo mês o "Abril vermelho", que terá um calendário de protestos inspirado no movimento homônimo organizado pelo MST (Movimento dos Sem Terra) --período em que se intensificavam os atos em defesa da reforma agrária.
As reformas em discussão no Congresso, na avaliação da CUT, ajudam a precarizar as relações de trabalho, por meio da terceirização irrestrita aprovada semana passada pela Câmara, e comprometem o direito de aposentadoria por meio da idade mínima, entre outros pontos.
Para o governo federal, no entanto, as medidas são fundamentais para equilibrar as contas públicas.