Tribunal brasileiro julgará coligação Dilma-Temer em junho
O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil retomará na primeira semana de junho o julgamento que pode cassar a coligação da ex-Presidente Dilma Rousseff e do atual chefe de Estado brasileiroMichel Temer, que venceu as presidenciais de 2014.
Segundo o calendário divulgado, a fase final do julgamento decorrerá entre os dias 06 e 08 de junho.
A coligação Dilma-Temer é acusada de ter cometido abuso de poder político e económico na eleição por supostamente ter recebido subornos de empresas que participaram do esquema de corrupção em contratos da estatal brasileira Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato.
O julgamento começou em abril, mas os juízes do TSE que analisam o caso decidiram reabrir a etapa de coleta de provas e depoimentos atendendo pedidos das defesas de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Se o TSE decidir pela cassação da coligação, Michel Temer perde o mandato, mas pode recorrer e continuar no cargo até uma decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso o Presidente brasileiro seja destituído antes do final do seu mandato, que se encerra em 31 de dezembro de 2018, o Congresso brasileiro deverá realizar eleições indiretas para a Presidência da República.
Já a ex-Presidente Dilma Rousseff corre o risco de ficar inelegível por oito anos, já que quando foi deposta pelo Congresso do Brasil, em agosto de 2016, manteve os direitos políticos.
O Ministério Público Eleitoral (TSE) já se posicionou favoravelmente à cassação da coligação.
O juiz e relator do processo, Herman Benjamin, ainda não se manifestou.