Vice-presidente dos EUA se reúne com Temer
(last modified Tue, 26 Jun 2018 18:20:11 GMT )
Jun. 26, 2018 18:20 UTC
  • Vice-presidente dos EUA se reúne com  Temer

O presidente Michel Temer e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, reuniram-se por cerca de uma hora no Palácio do Planalto nesta terça-feira (26). Ele entrou no Planalto pela porta lateral, ao som de uma música de ninar americana, tocada com um trompete por um dos poucos manifestantes que estavam no local, com placas com a frase "libertem nossas crianças".

No início da reunião, aberta aos veículos de imprensa, Pence disse que os Estados Unidos também estão preocupados com a crise política na Venezuela.

Segundo ele, Washington e Brasília estão ligadas por fortes laços econômicos e por princípios como liberdade e democracia. "A relação dos Estados Unidos e Brasil atravessa gerações. Nós acreditamos que estamos juntos na promoção da liberdade", disse.

Temer disse a Pence que a Copa do Mundo da Rússia é hoje um evento que ocupa a atenção da sociedade e pediu aos Estados Unidos que torçam pelo Brasil.

"Os Estados Unidos não estão participando, mas há muitos apaixonados e fãs do futebol. Espero que se o Brasil chegar à final, os senhores possam torcer pelo nosso país", disse.

Em resposta, entre risos, ele disse que os Estados Unidos torcem hoje e torcerão amanhã pelo Brasil - em uma aparente alusão à Argentina, que enfrenta a Nigéria nesta terça (26) e precisa vencer para passar de fase.

PROTESTO

O vice-presidente americano foi recebido por um grupo pequeno de manifestantes que tocavam música de ninar americana, em alusão às crianças brasileiras detidas.

A advogada Josefina Serra e a motorista Godiva Félix foram para o gramado na frente do Palácio do Planalto com uma placa " Libertem nossas crianças".

"É um absurdo, essas crianças mantidas no cárcere", disse Josefina. " Eles tiraram crianças do peito das mães, crianças de colo", elas gritaram "Free our children" quando a comitiva de Pence passou.

Nenhuma das duas têm parentes nos EUA, mas disseram que precisavam manifestar sua indignação."não dá pra gente ser só revolucionárias de Facebook", diziam, ao lado de outras quatro pessoas protestando. Com informações da Folhapress.