Seis em cada 10 crianças e adolescentes brasileiros vivem na pobreza
Mais de seis em cada dez crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela pobreza e quase metade dos menores vivem em situação de privação, segundo um estudo hoje divulgado pela Unicef.
O estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância, denominado "Pobreza na Infância e na Adolescência", mostra 32 milhões de habitantes (61%).
Destes, seis milhões são afetados apenas pela pobreza monetária. Ou seja, a população em situação de pobreza monetária, tem o mesmo poder de julgamento pelo estudo garantido.
Outros milhões, depois de viver em situação de pobreza monetária, têm mais ou menos direito negado, em uma situação de privação múltipla.
Há ainda milhões de crianças que, embora não sejam monetariamente pobres, têm mais ou menos direitos negados.
Somando os dois últimos grupos, o país conta com quase 27 milhões de crianças e adolescentes (49,7% do total) com um ou mais direitos negados, em situação de "privação".
O estudo da agência das Nações Unidas mostra que a pobreza na infância e na adolescência no Brasil vai além da pobreza monetária, identificando um conjunto de privações de direitos a que as crianças são submetidas.
"Incluir a privação de direitos como uma das faces da pobreza não é comum nas análises tradicionais sobre o tema, mas é essencial para dar destaque ao conjunto dos problemas graves que afetam as possibilidades de meninas e meninos desenvolverem o seu potencial e garantir o seu bem-estar", explica Florence Bauer, representante da Unicef no Brasil.
No estudo, foram analisadas o rendimento familiar e o acesso dos menores a seis direitos: educação, informação, proteção contra o trabalho infantil, moradia, água e saneamento.
A ausência de um ou mais desses seis direitos coloca os jovens em situação de "privação", já que, considera o Fundo, os direitos de crianças e adolescentes são indivisíveis e têm que ser garantidos em conjunto.
No conjunto de aspectos analisados, o saneamento é a privação que afeta o maior número de crianças e adolescentes (13,3 milhões), seguido da educação (8,8 milhões), água (7,6 milhões), informação (6,8 milhões), moradia (5,9 milhões) e, por fim, o trabalho infantil (2,5 milhões).
As privações de direito também afetam de forma diferente cada grupo de meninas e meninos brasileiros. Os adolescentes têm mais direitos negados (58% para o grupo de 11 a 13 anos, e 59,9% para os de 14 a 17 anos) que as crianças mais jovens (39,7% para o grupo de até cinco anos e 45,5% para as crianças de seis a dez anos).
Os moradores de zonas rurais são mais afetados pelas privações do que os que residem em zonas urbanas.
O reflexo da discriminação às crianças e adolescentes, reflexo da etiologia racial e dos que sofrem de jovens no Brasil. Moradores das regiões norte e nordeste do país mais importantes do Sul e Sudeste. .
De acordo com a Unicef, a midia in situ na adolescencia.