Famílias brasileiras podem receber refugiados venezuelanos
Pars Today- O governo brasileiro está analisando a possibilidade de as famílias brasileiras voluntárias receberem refugiados da Venezuela em suas casas, como forma de acelerar a distribuição de imigrantes em diferentes regiões do país.
A porta-voz do governo reconheceu que até agora o projeto não progrediu tão rápido quanto deveria, já que eles mal conseguiram movimentar pouco mais de 1.000 imigrantes.
"É um processo complexo, tem um tempo de amadurecimento, antes que os imigrantes tivessem medo de se afastar da fronteira, não conheciam o processo, o estado para onde estavam indo, mas agora vai começar a acelerar"; Esse confiou.
O funcionário descreveu que "aqueles que já saíram conversam com os outros, dizem como é e é mais fácil para os outros se animarem".
Uma das dificuldades que este projecto encontrou é a escassez de lugares nos abrigos das cidades, porque muitos estão focados nos sem-abrigo, viciados em drogas, etc., e o Governo não quer forçar deixar esse tipo de assistência de lado, disse Esse.
Agências das Nações Unidas, como o Alto Comissariado para Refugiados ou a Organização Internacional para Migração, podem alugar espaços vazios, hotéis ou apartamentos para imigrantes, e o Governo, por sua vez, fornecerá alimentos e ativará todos os rede de cuidados de saúde e educação.
Com este novo mecanismo para "criar" abrigos nos próximos dias, 640 venezuelanos chegarão ao estado do Rio Grande do Sul e 150 ao Paraná (ambos no extremo sul do país).
O governo espera que, a partir de agora até o final do ano, uma taxa de 400 transferências por semana seja alcançada.
"É um processo complexo, mas estamos construindo juntos (...) é o primeiro grande movimento migratório que temos e a primeira grande ajuda humanitária que fazemos no território nacional, queremos fazê-lo o mais rápido possível", afirmou o chefe do governo.
Segundo dados oficiais, 43% dos venezuelanos "internalizados" no Brasil já obtiveram emprego.
Este é um fato importante, uma vez que a tendência mostra que a obtenção de emprego leva a deixar o abrigo, o que impulsiona a rotação e facilita que outros venezuelanos em situações vulneráveis recebam ajuda.