Set. 04, 2018 17:39 UTC
  • A PERPLEXIDADE DO MUNDO EM RELAÇÃO AOS PODRES PODERES NO BRASIL

No sábado passado, recebi uma ligação do jornalista iraniano Zanjani, editor do Pars Today e ex-adido cultural da embaixada do Irã em Brasília, pedindo informações sobre o que será da candidatura presidencial do PT, depois do indeferimento do STE – onde Rosa Weber é a presidente de fato e de direito, mas quem apita é o ministro Barroso – sobre a participação de Lula no pleito.

Explosão ao colega iraniano o que deve ser visto para frente e, em seguida, ele emendou a outra pergunta: como os brasileiros arrancam os pais a uma situação, de coadjuvante em grandes potências mundiais e agora se desmancha com um governo que faz um esforço enorme para levar-lo ao que há cerca de 20 anos passados?

Zanjani lembrou que the Brazil ficou uma palavra na ONU, depois disso na América Latina com a criação do grupo Amigos da Venezuela, logo depois de uma batalha de governo contra Chaves, quando Estados Unidos e Espanha, se viu forçados a participar de um grupo onde eram minoria.

Na Ásia, o Brasil mediou com a Turquia conversações com o Irã sobre o seu programa nuclear que estava em um foco de alta tensão e o próprio presidente Obama deu sinalização da importância dessas negociações, muito mais porque não acreditava que Brasil e a Turquia conseguiria demover o presidente Ahmadinejad e o líder supremo Khamenei.

Quando os EUA viram que o governo iraniano tinha decidido conversar com as potências sobre o seu programa nuclear, não aceitaram as conversações na ocasião, pois a trama era criar um conflito o que era do interesse de Israel, Arábia Saudita e das potencias do ocidente.

Na África, continente sempre deserdado pelo Brasil em governos passados onde o único ato de aproximação tinha acontecido nos anos setenta quando Geisel reconheceu a independência de Angola de Portugal. Daí em diante, precisou Lula chegar ao  poder para que inúmeras embaixadas fossem abertas e o continente africano, depois da China, Alemanha e Argentina, assumisse o quarto lugar nas relações comerciais com o Brasil.

É triste para um país que tinha o respeito e admiração do mundo, assistir essa degradação onde mídia, judiciário, executivos e legislativo mostram claramente que o poder é para eles e somente eles podem usufruir da maneira que bem entenderem.

Chegamos ao ponto de um candidato a presidente que deveria estar em um manicômio, desfilar abertamente pelo país cujas propostas são as mais loucas e estúpidas já vistas e, apesar disso tudo, com amplas possibilidades de chegar ao poder dentro dessa maquinação diabólica em que se tornou essa eleição. Onde um troço que chamamos de Judiciário escolhe à sua maneira quem deve concorrer, visando assim favorecer aquele onde, apesar das evidências e dos delitos praticados no poder, inclusive com as inúmeras denúncias pipocando de todos os lados, nada é julgado com a justiça ao seu lado fazendo o diabo para protegê-los.

 Enfim, é o Brasil, Zanjani!

Um país que sonhava ser um poder e figurar entre as maiores seguradoras do mundo e agora que é que está por hoje em dia, e que todos os poderes da iniciativa tomaram o poder de assalto e dominar todos os poderes da República.

Haja merda!

* Valter Xeo e jornalista, diretor e editor de Pátria Latina, Notícias Irã, revista do mundo, Belarus News, é colaborador do Pravda e faz parte do grupo de negócios internacionais do Palestina Libertação

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