Larijani: Os EUA simpatizam com o terrorismo na Síria
O presidente do Parlamento iraniano denuncia a hipocrisia dos EUA que, por um lado, levanta a bandeira da luta contra o terrorismo e, por outro, fortalece as suas relações com eles.
"Os norte-americanos mentem sobre o combate ao terrorismo", sublinhou Ali Larijani, o presidente da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã (Majles) e lamenta a duplo critério do Ocidente na luta contra este fenómeno terrível: o combate ao terrorismo em outros países, mas amarrado com eles quando se trata de Síria.
Falando segunda-feira em uma conferência de imprensa com o seu homólogo sírio, Hadia Meio Abbas, em Teerã, Larijani advertiu que o terrorismo é uma ameaça global e não está limitada a Síria e espera que os patrocinadores deste flagelo “aprendam as lições da Síria”, onde o terrorismo que financiaram causou estragos ao longo dos últimos cinco anos.
"O caso do terrorismo não se limita a Síria, e também poderia afetar a Europa e os EUA", frisou o legislador iraniano, criticando os países que geram conflitos e crises em outros Estados, incluindo a Síria, sob o pretexto de restaurar democracia. Larijani reiterou o apoio de Teerã a "uma solução político e não militar para a crise síria”, e lamenta que os EUA continuem apoiando os terroristas com seu recente ataque contra as posições do exército sírio, justamente quando houve progressos consideráveis no sentido de uma solução negociada para a crise.
Em 17 de setembro, aviões da coalizão internacional liderada por Washington atacaram posições do exército sírio na província de Deir al-Zur (leste).
Os bombardeios, que deixaram pelo menos 90 soldados mortos, e ocorreu num momento em que Damasco organizou uma operação contra o grupo terrorista de Daesh.
Embora Washington o justificasse, "erro" simples, o governo sírio condenou o flagrante ataque, e assegurou que era "mais uma prova" do amplo apoio dado por Washington e seus aliados aos terroristas.