Irã condena ataque terrorista no Sinai egípcio
Irã demandou hoje um compromisso global contra o terrorismo ao condenar um ataque na península do Sinai em que morreram vários civis e efetivos egípcios, uma repulsa escutada também em países árabes do golfo Pérsico.
O porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Bahram Qassemi, deplorou o assalto de um grupo terrorista a um posto de controle de segurança na província do Sinai Norte, no extremo nordeste do Egito, que deixou um saldo de 12 soldados e civis e de 15 milicianos islamistas mortos.
Qassemi advertiu ao mundo contra o incremento do extremismo e o terrorismo no Oriente Médio e pediu à 'unidade dos governos e um compromisso global contra este fenômeno'.
Assim mesmo, transmitiu o pesar a familiares, povo e governo do Egito, país árabe norte-africano com o que a república islâmica não tem relações diplomáticas desde 1981, mas que em datas recentes tem dado sinais de progressiva distensão.
'Qualquer tipo de terrorismo e extremismo por parte de qualquer país ou grupo no mundo é condenável', apontou o porta-voz da chancelaria persa, um dia após que fizessem pronunciamentos similares os governos do Bahrein, Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait.
A título individual e como membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), os seis estados árabes da região ratificaram o que definiram como 'postura de princípios contra todas as formas e manifestações de terrorismo, quaisquer que possam ser suas justificativas'.
Desde Manama, o ministério do Bahrein de Relações Exteriores condenou o ataque a um dos retenes das Forças Armadas egípcias e expressou solidariedade com o governo do presidente Abdel Fattah Al-Sisi.
Bahrein disse apoiar o Egito em 'o confronto à violência, o extremismo e o terrorismo, e brindar pleno respaldo a todas as medidas que estime necessário tomar para reforçar a segurança, consolidar a estabilidade e proteger as instituições do Estado'.
Por sua vez, as autoridades de Doha qualificaram de 'ato criminoso' o referido ataque e também pediram 'esforços internacionais marcados, a todos os níveis, para erradicar este sério flagelo que ameaça a todos os países do mundo, sem exceção, e secar suas fontes de financiamento'.
Coincidentes com a declaração do Qatar, as chancelarias dos Emirados, saudita e Kuwait transmitiram mensagens institucionais de condolências e forte crítica a uma ação que -apontaram- contradiz todos os valores e princípios humanos e religiosos.
O ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional de Abu Dhabi tachou de 'ato terrorista covarde' uma ação que 'carece de país, religião ou moral'.