Luta anti-terrorista da Turquia deve respeitar a soberania iraquiana
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Bahram Qasemi, sublinhou na segunda-feira que a luta da Turquia contra o terrorismo não deve violar a soberania do Iraque.
"A luta contra o terrorismo na região e no mundo é importante (e) é bom que cada governo enfrenta o terrorismo, mas sem violar a soberania de outro país", disse o porta-voz iraniano quando foi questionado sobre comentários recentes das autoridades turcas sobre a integridade territorial do Iraque.
“Qasemi se referiu as declarações do sábado do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre que a cidade iraquiana de Mosul (norte) pertence historicamente à Turquia, mas assegurou que Ancara respeite os limites geográficos de cada nação”, mesmo que isto pesa em nossos corações".
Reiterando a posição da República Islâmica do Irã sobre a luta contra o terrorismo, o diplomata iraniano sublinhou que todos os tipos de luta contra os grupos terroristas takfiris deve ser coordenada com o governo central destes países.
Quanto às relações entre Teerã e a Europa, o porta-voz iraniano informou que os vice-chanceleres de ambos os lados se reunirão em dezembro próximo, em Bruxelas, para discutir temas como, direitos humanos, tecnologia, investimento e os iranianos residentes nos países europeus.
Sobre os Direitos Humanos e as negociações neste domínio, reconhece a existência de discrepâncias originadas na diferença de conceituação da questão pela República Islâmica do Irã e os países europeus.
Além disso, se referiu ao embaixador turco em Teerã, Reza Hakan Tekin, que havia sido chamado, e se o perguntou sobre as relações bilaterais e questões de Síria, Iraque e outros países do Oriente Médio e, no total, sobre as posições de Ancara sobre as que havia certa ambiguidade.
Ele também falou sobre os últimos desenvolvimentos das relações entre Irã e o Canadá, anunciando que especialistas iranianos e canadenses estão estudando a questão em áreas políticas e legais e que, uma vez resolvido, será aberto em ambos as capitais os escritórios que representa os interesses de Teerã e Ottawa.
Para acabar, Qasemi elogiou os recentes desenvolvimentos na esfera política do Líbano: a realização de eleições presidenciais e o apoio que poderia obter o candidato cristão Michel Aoun do ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri, um passo que poderia acabar com 30 meses que antecederam o país árabe sem um presidente.
