Larijani: Crise em Médio Oriente serve a interesses de Israel
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, advertiu que a continuidade de conflitos e atos terroristas na região serve aos interesses de Israel.
“A situação [crítica] e o caos na região (do Médio Oriente) criada por vários terroristas e o inimigo não pretende pôr fim a este caos”, tem alertado neste sábado o Larijani.
O presidente da Assembléia Consultiva Islâmica do Irã (Majles) lamentou pelos conflitos que todos os países muçulmanos, incluindo Síria, Iêmen e Iraque, estão afundados e que o único regime que se beneficia desta situação caótica seria o Israel.
Em sua opinião, a chamada Coalizão, que com a coordenação de 60 países pretende combater ao grupo terrorista de Daesh, não quer que as guerras regionais se acabem já que isto prejudicará o regime de Tel Aviv e, a sua vez, estão piorando as tensões já existentes.
Larijani tem apontado às experiências fracassadas de norte-americana e israelenses confirmam que os conflitos em curso nos países muçulmanos servem melhor aos interesses israelenses e que qualquer sucesso do Irã e o Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollá) seria prejudicial a eles.
O presidente do Poder Legislativo da República Islâmica do Irã enfatizou que em cada momento que surgem perspectivas prometedoras para pôr fim aos conflitos regionais, as potências mundiais se apressam a celebrar reuniões e tratar de prolongar a crise.
Além disso, assinalou que as potências mundiais têm reforçado seus vínculos com os grupos terroristas takfiris que operam nos países da região e estão lhes fornecendo encobertamente armas e equipamentos militares.
O Governo sírio, que há mais de cinco anos enfrenta os terroristas, tem denunciado em reiteradas ocasiões as ajudas que alguns países ocidentais e regionais oferecem aos grupos terroristas em Síria e exige acabarem tais apoios.
De fato, o Exército sírio tem conseguido avançar recentemente em relação aos terroristas no solo sírio em sua tentativa para acabar com a crise que já tem deixado 400 mil mortos, segundo uma estimativa de abril do enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Síria, Staffan de Mistura.