O Irã não irá reduzir a produção de petróleo

Bijan Namdar Zanganeh, o ministro de petróleo do Irã respondeu a perguntas da imprensa, à margem de uma reunião da OPEP em Viena, afirmou que “o Irã não vai diminuir a sua produção de petróleo, e decidiu manter o nível na reunião da OPEP na Argélia”.

"Vamos deixar a produção ao nível decidido na Argélia". Zanganeh assegurou que Teerã estava disposto, no entanto, deixar os seus níveis de produção de petróleo com a OPEP concordado em uma reunião em setembro na Argélia, onde os membros decidiram reduzir a produção de petróleo.

Vamos continuar a produção ao nível decidido na Argélia”, disse a repórteres, foi quando perguntado se o Irã iria reduzir a sua quota de produção de petróleo em linha com outros membros da Organização dos países produtores (OPEP).

Zanganeh viajou na terça-feira para Viena, para participar da 171ª reunião ministral da OPEP prevista para quarta-feira, na qual será decidido sobre a redução da produção de petróleo.

As declarações do ministro do petróleo iraniano ocorrem, na possibilidade de que o Irã e a Rússia impedem o acordo da OPEP, que busca novos cortes para a produção global de petróleo.

A Rússia, que não faz parte da Opep, disse na semana passada que estava disposta a manter o seu nível de produção atual, mas não aceitou reduzir a quantidade bombeada, maior do que o resto dos países. O Irã, por sua vez disse no sábado que negocia uma isenção aos recortes.

Os sauditas estão preocupados com a reticencia do Irã e Rússia a se unir aos recortes, segundo as autoridades da OPEP, já que temem que, se reduzem a sua própria produção, os outros países aproveitarão e quitaram a Riad, participação de mercado, tal como ocorreu durante a década de 80.

Enquanto os países que sofreram interrupções em sua produção como a Nigéria e Líbia provavelmente recebam isenções, as autoridades sauditas não desejam fazer sacrifícios e permitir que Irã, o seu rival, continuar a aumentar a sua produção.

As exportações de petróleo do Irã, que ultrapassou 2,8 milhões de barris por dia em 2011, caíram a pouco mais de um milhão por dia, após o endurecimento das sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais em 2012 sob o pretexto de programa a energia nuclear iraniano.

No entanto, após o levantamento das medidas anti-iranianas no passado 16 de janeiro, Teerã decidiu aumentar regularmente a sua produção até dois milhões de barris por dia, dentro de seis meses, a fim de recuperar a sua posição como o segundo maior produtor da OPEP.