'Sanções norte-americanas visam retalhar as realizações valiosas do Irã

O diretor do Centro de Estudos Estratégicos do Conselho de Discernimento do Sistema da República Islâmica do Irã, Ali Akbar Velayati, e Alexander Lavrentiev, o enviado especial do presidente russo, Vladimir Putin se reuniram em Teerã, 03 de dezembro de 2016.

Velayati neste encontro condenou a prolongamento da Lei das sanções anti-iranianas e considera-la como vingança por parte dos EUA pelas realizações de Teerã no Médio Oriente.

"Parece que a iniciativa (do Congresso dos EUA para alargar as sanções contra o Irã por mais de 10 anos) é uma vingança pelas valiosas conquistas que o Irã e os seus aliados conseguiram na região", disse neste sábado o diretor do Centro de Estudos Estratégicos Conselho de discernimento do Sistema da República islâmica do Irã.

Em uma conferência de imprensa após a reunião com Alexander Lavrentiev, o enviado especial do presidente russo, Vladimir Putin, para a Síria, Velayati considerou a decisão recente do Senado dos EUA a "violação" do acordo nuclear.

Ele denunciou que os EUA não têm cumprido os compromissos assumidos no pacto nuclear, conhecido como o Plano Integrado de Ação Conjunta (PIAC), enquanto acrescentou que os membros do Grupo 5 + 1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França, mais a Alemanha) tiveram que levantar as sanções econômicas injustas contra o Irã, mas não a fizeram, alegando "questões de direitos humanos e suposto apoio ao terrorismo.”.

Na mesma linha, Velayati afirmou que é  “realmente irônico” que o dos Estados Unidos como um “patrocinador de diferentes grupos terroristas” queira punir o Irã pelo "apoio prestado ao Hezbollah (Movimento de Resistência Islâmica do Líbano) que luta contra terroristas takfiris”.

Segundo o Velayati, "a República Islâmica do Irã vai resistir contra qualquer violação do acordo nuclear e está disposta a retaliar".

Ele também enfatizou que Teerã continuará a utilizar a energia nuclear para fins pacíficos, segundo regulações e padrões internacionais.

Ele precisou que o parlamento está preparando uma moção para retomar as atividades nucleares que foram suspensas após a entrada em vigor de o acordo nuclear. Velayati também anunciou que em sua reunião com Lavrentiev havia enfatizado a necessidade de Moscou e Teerã efetuarem todos os esforços para desenvolver relações, que, em sua opinião, é muito importante para o Médio Oriente.

Lavrentiev durante sua visita ao Irã, no mesmo dia também se reuniu neste sábado com o presidente iraniano Hassan Rouhani, na qual trataram questões como a crise síria. Durante esta reunião Rouhani declarou que "não deve ser permitido" um só país ir minar o acordo nuclear.