‘A paciência do Irã com a Turquia tem um limite’
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A República Islâmica do Irã terá paciência com Turquia, mas sua paciência tem ‎um limite, avisando a Chancelaria do país persa.‎
(last modified 2018-08-22T15:31:53+00:00 )
Fev. 20, 2017 17:26 UTC
  • ‘A paciência do Irã com a Turquia tem um limite’

A República Islâmica do Irã terá paciência com Turquia, mas sua paciência tem ‎um limite, avisando a Chancelaria do país persa.‎

O porta-voz do Ministério de Exteriores iraniano, Bahram Qasemi, tem voltado a criticar nesta segunda-feira  declarações  contra o Irã pelo  chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, que durante sua intervenção na 53ª Conferência de Segurança de Munique (MCS, por suas siglas em inglês), acusou o Irã de fazer uma “política sectaria” e perturbar a estabilidade da região do  Oriente Médio .

Depois de reconhecer que a Turquia é um “importante vizinho” do Irã, Qasemi recorda que Teerã concedeu uma grande ajuda para Ancara durante o golpe de Estado fracassado que sofreu.

“Esperamos que as autoridades turcas sejam mais inteligentes em suas declarações, assim o Irã não terá que os recusar. Teremos paciência com Turquia, mas  tem um limite”, advertiu o diplomata iraniano.

Em outra parte de suas declarações oferecidas em sua roda de imprensa semanal, referiu-se à viagem que fará no dia 23 de fevereiro à Arábia saudita acompanhado por uma delegação iraniana para  dialogar com as autoridades  .

“São conversas bilaterais sobre a retomada das peregrinações à Meca dos iranianos. A delegação iraniana participará nos diálogos, depois de receber um convite oficial de Riad. Há que esperar os resultados”, tem detalhado.

Ademais, tem destacado a visita oficial que o presidente do Irã, Hassan Rouhani, fez a Oman e  Kuwait, para depois afirmar que a política regional do Irã prioriza as relações bilaterais com seus vizinhos.

Ao final de seus comentários, Qasemi tem aclarado que Teerã não tem nenhum nexo com o Governo dos Estados Unidos nem o teve antes.

Cabe mencionar que a visita do presidente iraniano se realizou por convite oficial do rei de Oman , o sultão Qabus bin Said Al Said, e do emir kuwaití, o xeque Sabah Al-Ahmad A-Jaber Al Sabah.

Teerã tem denunciado em reiteradas ocasiões a política hostil e a retórica contra o Irã  de certos Estados da zona, encabeçados pela Arábia Saudita, reino árabe que rompeu de maneira unilateral as relações diplomáticas com o Irã desde  janeiro de 2016.