Irã critica as observação anti-iraniana do rei de Jordânia
Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou alegações do rei de Jordânia, Rei Abdollah II como “absurdas” sobre o suposto envolvimento do Irã em atos terroristas no Médio Oriente.
"Parece que o monarca jordaniano fez um erro estratégico no momento de definir o terrorismo. Seus comentários absurdos destacam uma visão pouca profunda sobre os acontecimentos existentes na região”, acrescentou o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Bahram Qassemi.
Abdollah II em uma entrevista na quinta-feira ao jornal norte-americano The Washington Post, comparado à República Islâmica com o grupo terrorista Daesh, e ao seu líder Ibrahim al-Samarrai, aliás, Abu Bakr al-Baghdadi, e pediu uma reaproximação entre o regime entre Israel e os árabes para impedir que o que ele chamou de "ameaça potencial" de Estado iraniano.
O diplomata iraniano pediu ao rei da Jordânia averiguar novamente o número de jordanianos que se juntaram aos grupos terroristas como Daesh, e depois acusar um país que tem sido "na vanguarda da luta contra o terrorismo e o extremismo”.
Ele denunciou a tentativa de alguns países árabes a solicitar a segurança ao Israel e advertiu que tal medida iria arriscar a paz e a segurança de todo o Médio Oriente.
"Certamente, grande parte da situação catastrófico atual vivido na região vem da destrutiva e errada abordagem e politicas de alguns países da região, o que poderia desestabilizar ainda mais as políticas do Médio Oriente”, disse Qassemi.
O governo da Jordânia é um dos dois regimes árabes que se manteve relações diplomáticas com o regime em Tel Aviv, o outro é o Egito. Israel e Jordânia assinaram um acordo de paz em 1994, mas muitos jordanianos se opõem firmemente qualquer ligação com o regime israelense.