“Paquistão deve-se explicar por ataques terroristas contra os iranianos”
O porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Bahram Qassemi, durante uma conferência de imprensa em Teerã, insiste que o Paquistão deve assumir a responsabilidade pela atividade terrorista em seu território depois de um ataque contra as forças iranianas que deixou nove vítimas.
"O governo do Paquistão deve explicar a presença e operações dessas facções insurgentes em seu território", sublinhou quinta-feira o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Bahram Qassemi, expressando o pesar pela morte de nove forças iranianas de fronteira em um ataque terrorista em uma região de fronteira do Paquistão com o seu vizinho.
Segundo Qassemi, é "inaceitável e condenável" que essas facções armadas - aqueles que se chamaram instrumentos de promover a violência e extremismo – realizem operações terroristas na fronteira do Irã e Paquistão.
"Os países que participam na coligação antiterrorista devem explicar por que são incapazes de lidar com grupos terroristas e insurgentes armados em sua terra", tem criticado o Qassemi em alusão a inclusão do Paquistão na coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.
A este respeito, recordou que a República Islâmica do Irã, além de perseguir o ataque a suas forças por meios diplomáticos e políticos "reserva-se o direito de defender-se a combater a insurgência.”.
Por sua parte, o ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse que o Ministério das Relações Exteriores do país não exclui qualquer esforço para perseguir o ato através dos canais diplomáticos e punir os terroristas.
Nove guardas fronteiriços iranianos foram mortos e outros dois feridos na quarta-feira em um ataque terrorista reivindicado pelo grupo Yeish al-Adl na região de Mirjave, na província do sudeste de Sistan e Baluchistão, que faz fronteira com o Paquistão.
Não é a primeira vez que os agentes terroristas atacam as forças iranianas nesta área e que a autoria da maioria desses eventos é reivindicada pela Al-Adl Yeish.
A República Islâmica do Irã tem repetidamente criticado o governo paquistanês por não agir duramente contra esse grupo terrorista.