Irã pede maior cooperação global na luta contra terrorismo
O ministro iraniano de Defesa pede uma maior cooperação internacional na luta contra o terrorismo por ser um assunto que afeta todos os países.
“Temos que combater o terrorismo por ser um tema que ameaça todos os países e povos do mundo”, afirmou na sexta-feira o general de brigada Husein Dehqan em uma conferencia de prensa celebrada à margem da reunião tripartida (Irã-Rússia-Síria) sobre segurança realizada em Moscou.
Neste sentido, Dehqan criticou o duplo critério do Ocidente e certos países regionais sobre o tema do terrorismo e disse que todos têm que ter uma percepção especifica em relação a este nefasto fenômeno e o combater com todos seus os aspectos.
Em alusão à crise síria, a qual esteve no centro de atenção da grande parte da reunião tripartita, o titular iraniano denunciou, mais uma vez mais, o ataque norte-americano a uma base aérea na Síria, sob o pretexto do suposto uso de armas químicas por parte do Governo de Damasco na cidade de Idlib.
“Um dos principais temas focado em nossa reunião foi determinar motivo deste ataque, seu objetivo, suas consequências e as medidas que podemos adotar para evitar tais atos no futuro”, explicou.
Para Dehqan, o ataque norte-americano contra Síria se realizou justamente após que o Exército sírio tem conseguido grandes avanços no terreno na luta contra os grupos terroristas. “É óbvio que os terroristas estavam desanimados (por tantas derrotas). Tinham que recuperar o espírito de combate e foi então quando os países que os financiam decidiram lhes pegar a mão para que possam seguir com suas atividades (em solo sírio)”, sentenciou.
À medida que prosseguiu, no entanto, põe de relevo os vacuos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a luta antiterrorista na Síria. “Ele referiu que tomaria medidas para acabar com a crise na Síria, mas o que tem feito ate agora, foi muito contrário ao que tinha prometido (…)”, sublinhou.
Dehqan argumentou que estas medidas unilaterais acarretam em más consequências para a região e são muito perigosas, de fato, assinalou, há que evitar que se voltem a repetir.
Em uma reunião celebrada na quarta-feira em Moscou, capital russa, Dehqan e os seus homólogos sírio e russo enfatizaram que continuar no mesmo trecho da luta contra o terrorismo até sua erradicação plena.
Desde março de 2011, Síria está mergulhada em uma crise agravada pela presença de extremistas takfiríes que contam com o apoio de certos países regionais e ocidentais.
Até agora, os confrontos armados têm deixado 321.358 mortos e 145 mil desaparecidos, conforme ao último balanço do chamado Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), publicado em passado 13 de março.