Jun. 14, 2017 20:36 UTC
  • Marginalizar  os maduros grupos muçulmanos por Estados Unidos pelo recrutamento do wahabismo

Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, criticou os Estados Unidos pela marginalização de verdadeiros grupos muçulmanos, dizendo que essa cumplicidade se deve ao recrutamento de extremistas wahabitas.

Pelo espetáculo de criar falso temor sobre o Irã, enganou o Ocidente a tolerar a promoção global do wahabismo, que resulta em Al-Qaeda, Daesh e al-Nusra (atualmente conhecido como Jabhat Fateh al-Sham)", disse Zarif na primeira de três postagens em sua conta oficial em Twitter na terça-feira.

"A cumplicidade dos EUA na marginalização dos grupos muçulmanos maduros deixará o campo aberto para o recrutamento de extremista wahhabita", acrescentou.

O chefe da diplomacia iraniano também enfatizou em importância de estabelecer um fórum de diálogo regional inclusivo no Golfo Pérsico dado aos recentes desenvolvimentos na região. A Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (Emirados Árabes Unidos), Bahrein, Maldivas e Egito recentemente rompem os laços com o Qatar.

Na aparente tentativa de garantir o apoio dos EUA e o de Israel, os quatro países citaram as ligações do Qatar com o Hamas e acusaram-no de apoiar o terrorismo, uma acusação que o governo catarinense nega.

Os países regionais também bloquearam suas rotas de trânsito para o Qatar e pediram que a maioria dos cidadãos do Qatar fosse embora. As medidas também dificultaram as visitas familiares. As vias aéreas do Qatar também foram proibidas de usar o espaço aéreo do bloco de países liderado por sauditas.

O wahabismo é a ideologia radical que domina a Arábia Saudita, pregado livremente por clérigos apoiados pelo governo e inspirando terroristas em todo o mundo. Daesh e outros grupos terroristas takfiris usam a ideologia para declarar pessoas de outras religiões como "infiéis" e hereges e depois matá-los. Ao longo dos últimos anos, a Arábia Saudita, respaldada por seus aliados regionais e ocidentais, vem fornecendo um apoio ideológico e financeiro generoso aos grupos terroristas extremistas que operam na região, particularmente no solo sírio, para derrubar o governo legítimo em Damasco, um aliado de Irã.

 

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