Irã pede diálogo sem nenhuma intromissão estrangeira na Venezuela
O Irã ressalta que o conflito que agarra a Venezuela pode ser mais bem resolvido através do diálogo sem qualquer interferência estrangeira à medida que as tensões se intensificam entre as partes em guerra no país sul-americano rico em petróleo.
Falando na quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bahram Qassemi, pediu ao governo venezuelano e à oposição que mantenham a calma e atuem no âmbito da lei. "Evitar a violência e virar o diálogo em um ambiente calmo sem interferência estrangeira é a melhor maneira de resolver fissuras e servir os interesses de todos os venezuelanos", disse Qassemi.
A República Islâmica enfatiza em fortes vínculos de amizade entre as nações e governos iranianos e venezuelanos, ao mesmo tempo em que condena o recente ataque à Suprema Corte do país e ao Ministério do Interior.
"A República Islâmica do Irã acredita que tais atos ilegais e violentos contra órgãos e estruturas legais e legítimos não só complicam a situação no país, como também endurecem o processo para chegar a um acordo e resolver questões através do diálogo e da negociação", afirmou Qassemi.
A Venezuela tem sido palco de intensos protestos contra o governo desde o início de abril. Conflitos entre forças de segurança e manifestantes deixaram pelo menos 75 pessoas mortas. Na terça-feira, um helicóptero da polícia venezuelana atacou o Supremo Tribunal e o Ministério do Interior. Um policial identificou-se como Oscar Perez em um vídeo publicado na plataforma de mídia social Instagram, revelava que ele havia pilotado o helicóptero furtado para atacar o que ele chamou de "governo criminoso".
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, denunciou o incidente como um ataque terrorista, dizendo que isso poderia ter causado dezenas de mortes. "Mais cedo do que mais tarde, vamos capturar o helicóptero e aqueles que estão por trás desse ataque terrorista armado contra as instituições do país", disse Maduro.
Os manifestantes venezuelanos estão exigindo eleições gerais, liberdade para centenas de ativistas da oposição presos e medidas para aliviar a crise econômica do país. Maduro acusa os manifestantes de buscar um golpe contra ele com o apoio do governo dos EUA.