Inaugurada a Câmara Conjunta do Comércio Irã-Brasil
(last modified Tue, 11 Jul 2017 03:40:10 GMT )
Jul. 11, 2017 03:40 UTC
  • Inaugurada a Câmara Conjunta do Comércio Irã-Brasil

Foi formada oficialmente a Câmara conjunta Irã-Brasil com presença do vice-presidente da Câmara de Comercio do Irã, Diretor geral do ministério dos negócios estrangeiros e o embaixador do Brasil em Teerã.

Na sessão da abertura, foram eleitos Moslem Naseri e Farhad Aghahi, como Presidente e o primeiro vice-presidente da Câmara do Irã e do Brasil, respetivamente.

O Pedram Soltani, Vice-Presidente da câmara de comércio do Irã, na cerimónia de abertura da câmara conjunta Irã-Brasil disse: esta é a primeira Câmara comum formada entre o Irã e um dos países latino-americanos no decurso da implementação dos novos regulamentos das Câmaras Conjuntas.

Soltani enfatizou em necessidade de desenvolvimento de cooperação internacional da câmara do Irã dizendo: A Câmara do Irã considera grande importância em promoção das relações colaborativas com países através das Câmaras conjuntas. Estas câmaras desempenham o papel de braços executivo da Câmara do Irã no estabelecimento de relações eficazes com todos os países.

Ele acrescentou: devem-se seguir diligentemente negócios e relações de trabalho com países e mantiver iniciativas em expedição e aumento de troca de delegações e empresários.

“Infelizmente o volume dos negócios comerciais entre Irã e o Brasil está muita aquém das potencialidades existentes nos dois países e esta relação comercial sofre de um desequilíbrio. Irã exporta quase US$ 80 milhões, enquanto as exportações brasileiras para o mercado iraniano atingem a dois bilhões de dólares. Seguramente, o papel da Câmara comum em reduzir este desequilíbrio deve ser levado muito a sério”, precisou Soltani.

O vice-presidente de Câmara do comercio do Irã saudou a proporcionar a oportunidade de participação crescente e ampla de empresas iranianas no Brasil, como missão principal da câmara conjunta Irã-Brasil e reiterou: nós apoiamos estas iniciativas.

O rumo das relações comerciais entre o Irã e o Brasil para o investimento

Tendo em referencia as longas relações diplomáticas entre o Irã e o Brasil, este país foi visto como um país que tem atuado na arena internacional, autônoma e soberanamente, afirmou o Mohammad reza Karbasi, o vice- presidente para assuntos internacionais da Câmara do Irã.

Karbasi sobre o tamanho das relações comerciais do Irã e do Brasil disse que o volume das exportações do Irã em 2016 para o Brasil foi a torno de 78 milhões de dólares e as importações do Brasil totalizaram US$ 2 bilhões, e esse relacionamento econômico deve se tornar equilibrado, sabendo que o comércio é uma estrada de dois sentidos. “A sustentabilidade das relações económicas depende ao equilíbrio comercial. Espera-se, em novo espaço criado após o levantamento das sanções reforçarem a presença e compartilhamento das grandes empresas e investidores brasileiros, incluindo Petrobras no mercado iraniano e investir nos projetos petrolíferos iranianos. Chegou o momento de impulsionar o investimento, porque o investimento fortalecerá um relacionamento sustentável e do longo prazo”, disse ele.   

De acordo com o vice-presidente internacional da câmara iraniana, uma parte importante das relações comerciais do Irã e do Brasil se baseia em importar bens básicos para o Irã do Brasil e isto é relevante, enquanto devemos considerar a capacidade de investimento e os projetos conjuntos nos domínios do desenvolvimento da mecanização agrícola e exploração de campos petrolíferos transnacionais.

Ele salientou: “problemas no caminho de relação bancaria e transito de mercadorias são dois principais obstáculos à forma de desenvolver relações com o Brasil, os quais devem ser removidos diligentemente. A Câmara conjunta priorizará a apresentação de programas práticos para ultrapassar os obstáculos bancários e de transporte”.

Seguramente, com a criação de Câmara conjunta Irã-Brasil, esta entidade será o primeiro da região latino-americana e o Brasil poderia ser considerado como uma porta de entrada para a região América latina. As extensas fronteiras do Brasil com os países da América Latina, com certeza podem ser expandidas para o nível de relações comerciais do Irã com esta região.

 

A escassez das informações reciprocas de empresários de ambos os países.

O embaixador brasileiro no Irã na reunião, referindo-se a desequilíbrio comercial entre o Irã e o Brasil e disse que esta falta de equilíbrio pode ser justificada desta forma que empresários e ativistas econômicos de ambos os lados têm poucas informações e conhecimentos suficientes uns dos outros e das suas atividades. Certamente, a Câmara Irã-Brasil pode contribuir no aumento de troca de informação e ajudar a corrigir este problema.

Rodrigo Santos Azeredo com ênfase na necessidade de facilitar as relações económicas do sector privado os dois países afirmou que as embaixadas desempenharam um papel importante na facilitação da relação entre os dois lados, e “queremos que o sector privado de ambos os países tenha boas relações e cooperação”.

Ele referiu também à questão bancaria, e disse: em agosto as delegações dos bancos centrais de dois países realizarão reunião para a verificação dos problemas bancários e resolver estes obstáculos, nesta reunião será analisado como estreitar cooperação entre o Irã e o Brasil, nesse setor.

O embaixador brasileiro, acrescentando que o banco central do Brasil apoiaria a criação e o estabelecimento de sucursais de bancos iranianos no Brasil e de uma relação bancária conjunta.

Azeredo sobre a potencialidade de cooperação dos dois países acrescentou: existe grande capacidade no setor agrícola, o Brasil é um importante fornecedor de produtos agrícolas ao Irã e pode também aproveitar da boa experiência de engenheiros iranianos para o estabelecimento de empresas de joint venture no Brasil.

Ele disse que no campo da energia, petroquímica e fertilizantes há grande potencial para o Brasil, tendo em conta que o seu país a cada ano importa muito fertilizantes e produtos petroquímicos; “devemos averiguar porque esses produtos não são importados do Irã?”.

 

A necessidade do desenvolvimento das relações entre o Irã e o Brasil.

O diretor-geral para assuntos das Américas do Ministério dos negócios estrangeiros, como outro participante na reunião, salientou que a formação da câmara Irã-Brasil foi uma expetativa de longo prazo e há 20 anos que esperamos a sua formação como uma ajuda para o desenvolvimento conjunto das relações entre os dois países.

Keshavarzadeh, também enfatizou a nível inaceitável e insatisfatório de tamanho das relações comerciais e o desequilíbrio existente entre o Irã e o Brasil, pedindo ao embaixador do Brasil em Teerã a criação de relação bancária como uma necessidade urgente e uma sugestão no incremento das relações comerciais.

Ele reiterou que não existem restrições politicas no desenvolvimento das relações entre o Irã e o Brasil, pelo contrário, há uma vontade política para promover os laços e relacionamentos e, portanto, “até onde existam oportunidades deve se aproveitá-las”.