Irã pede que as Nações Unidas "cessem" imediatamente o genocídio Rohingyas
O representante permanente do Irã na ONU diz que os muçulmanos Rohingya são vítimas do radicalismo em Mianmar (Birmânia).
"Milhares de pessoas foram mortas e centenas de milhares foram forçadas a fugir de suas casas", disse Qolamali Khoshru nesta quinta-feira, durante uma reunião de alto nível na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, EUA.
Depois de condenar o genocídio em curso contra os muçulmanos Rohingyas, a República Islâmica do Irã em alto escalão pediu uma cessação "imediata" dos atos violentos contra os muçulmanos. No mesmo dia, Khoshru afirmou à agência iraniana de notícias IRNA que mais de um milhão de muçulmanos viviam em Myanmar durante séculos sob pressão do governo birmanês, negando-lhes os direitos de cidadania.
O Exército de Myanmar está atacando os muçulmanos, destruindo suas casas e, portanto, um grande número de pessoas refugiando para Bangladesh através das montanhas, milhares de pessoas foram mortas e centenas de milhares foram forçadas a fugir de suas casas”, diz o representante permanente do Irã na ONU, Qolamali Khoshru.
A Organização para a Cooperação Islâmica (OIC) formará um grupo de contato para ajudar a acabar com a repressão dos muçulmanos Rohingya em Myanmar. O representante iraniano enfatizou que o primeiro passo para impedir a catástrofe do povo Rohingya seria acabar com a pressão e fornecer-lhes assistência humanitária e, em seguida, consolidar os esforços internacionais para que o governo birmanês reconheça o direito dos Rohingyas de ter uma "vida digna" em sua terra natal.
Nas últimas duas semanas, mais de 400 muçulmanos morreram, devido à escalada de violência sectária no oeste de Myanmar, que foi declarada área de atuação pelos militares do país asiático.
As Nações Unidas, juntamente com outras organizações, condenaram ações contra muçulmanos rohingya, que estão sofrendo de saques, estupros e assassinatos, o que empurrou 146 mil Rohingyas a fugir para o país vizinho do Bangladesh.