Os iranianos marcham em condenação do assassinato de muçulmanos em Mianmar
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Os participantes nas orações das sextas-feiras em Teerã e outras cidades do Irã, após as suas orações, participaram de uma marcha na condenação dos crimes e massacres de muçulmanos em Myanmar, entonaram lemas em apoio aos Rohingyas.
(last modified 2018-08-22T15:32:43+00:00 )
Set. 08, 2017 13:34 UTC
  • Os iranianos marcham em condenação do assassinato de muçulmanos em Mianmar

Os participantes nas orações das sextas-feiras em Teerã e outras cidades do Irã, após as suas orações, participaram de uma marcha na condenação dos crimes e massacres de muçulmanos em Myanmar, entonaram lemas em apoio aos Rohingyas.

Os participantes da manifestação em Teerã em uma declaração no final da passeata condenaram o silêncio das organizações internacionais e dos defensores dos direitos humanos perante o assassinato de muçulmanos em Mianmar.

Nesta declaração pediram a ação dos líderes dos países islâmicos e dos estudiosos do mundo islâmico para evitar o massacre de Rohingyas indefesos. Manifestantes em Teerã condenaram também os crimes brutais contra esta minoria em Mianmar como parte das políticas da arrogância sanguinária  global e condenaram veementemente os crimes contra a humanidade.

Quase 125 mil pessoas, em sua maioria muçulmanos rohingyas, fugiram da violência em Mianmar para buscar refúgio no vizinho Bangladesh desde o início dos confrontos em 25 de agosto, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU).

O ritmo de chegadas atingiu o ponto máximo nas últimas semanas, quando 37 mil refugiados atravessaram a fronteira para fugir de uma operação do exército na região noroeste de Mianmar. O exército birmanês com uma grande operação no estado de Rakhine, uma região pobre e remota do país, matou mais de  400 pessoas.

"Com a chegada em massa de refugiados temos uma imensa crise humanitária", declarou Nur Khan Liton, um ativista dos direitos humanos de Bangladesh. "As pessoas estão em campo de refugiados, nas estradas, nos pátios das escolas e a céu aberto. Estão limpando a floresta para criar novos refúgios. Água e comida começam a acabar", completou.

Mais de 400 mil refugiados rohingyas já estão em Bangladesh, depois que fugiram de ondas de violência anteriores.

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai questionou, em sua conta no Twitter, o fato de Mianmar não conceder cidadania à minoria rohingyas "Se não é Mianmar, onde eles viveram por gerações, então onde será sua terra natal?" A jovem, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, também pediu que seu país de origem, o Paquistão, "siga o exemplo" de Bangladesh, e acolha os refugiados que buscam abrigo após fugirem da violência e do terror. "O mundo está esperando, e os muçulmanos rohingya também estão".