Set. 08, 2017 17:39 UTC
  • Aiatolá Movahedi Kermani: “Nações muçulmanas se levantam contra os crimes em Mianmar”

O orador de oração das sextas-feiras em Teerã, ao salientar que não há esperança em ajuda da comunidade internacional para prevenir o massacre de muçulmanos de Rohingya, pediu às nações muçulmanas que se levantam contra os crimes cometidos pelo exército e extremistas budistas de Mianmar.

Kermani denuncia o "silêncio mortal" do mundo diante o genocídio dos muçulmanos em Mianmar, bem como o respalde israelense a esse crime.

"É inacreditável que as organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, aguardam um silencio da morte perante os crimes do governo de Mianmar contra os muçulmanos (Rohingyas)", disse o orador das orações de Teerã na sexta-feira, aiatolá Mohammad Ali Movahedi Kermani, depois de sublinhar o papel do regime israelense na morte infligida à minoria Rohingya.

Ele dedicou grande parte de seu sermão a denunciar os atos de violência do exército birmanês contra a minoria muçulmana, que nos últimos dias gerou uma inundação de rejeições e repudio em alguns países muçulmanos, incluindo a República Islâmica do Irã.

Além disso, o clérigo lembrou que as Nações Unidas não fizeram nada por "rohingyas oprimidas", somente "apoiar uma proposta a Bangladesh para abrir fronteiras" a mais de 146 mil pessoas deslocadas dessa minoria.

O governo da Turquia pediu na semana passada a Bangladesh que abriria sua fronteira aos milhares de muçulmanos refugiados birmaneses que estão tentando fugir dos novos massacres em Mianmar (Birmânia) por exército e da maioria budista.

Entre os crimes cometidos contra os muçulmanos no estado birmanês de Rakhine (oeste), o clérigo iraniano fez alusão aos cometidos pelo exército birmanês, como "decapitar crianças, mulheres e homens" ou "queimá-los vivos", que tem deixado 400 mortes na semana passada. Por tudo isso, o aiatolá Movahedi Kermani pediu aos povos muçulmanos que protestassem contra o governo de Mianmar e seus patrocinadores.

 

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