Irã não permite visita aos seus sítios militares: disse o aiatolá Khatami
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O Irã não permitirá que os estrangeiros visitem seus locais militares, disse o orador de orações das sextas-feiras de Teerã.
(last modified 2018-08-22T15:32:45+00:00 )
Set. 15, 2017 12:32 UTC
  • Irã não permite  visita aos seus sítios militares: disse o aiatolá Khatami

O Irã não permitirá que os estrangeiros visitem seus locais militares, disse o orador de orações das sextas-feiras de Teerã.

Tanto o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA) como o protocolo adicional não incluem nenhum item que permita que os estrangeiros inspecionem os sites militares do Irã, afirmou o aiatolá Ahmad Khatami.

Em outra parte do seu sermão semanal, ele condenou as atrocidades contra os muçulmanos em Mianmar. Ele disse: "Mais uma vez, estamos testemunhando a reação silenciosa da comunidade internacional e dos países islâmicos".

"Cerca de 400 mil pessoas são mortas, decapitadas, queimadas e deslocadas, o que é uma grande crise humanitária. Sem dúvida, o regime sionista [Israel] está por trás de todos esses crimes", disse o aiatolá Ahmad Khatami. Ele ressaltou que aqueles que estão matando muçulmanos em Gaza também estão matando muçulmanos em Mianmar. "A história de Mianmar não é discrepância religiosa ou étnica, mas é a história de um governo e exército que estão realizando a limpeza étnica", afirmou o clérigo iraniano. Ele pediu mais pressão política e econômica ao governo de Mianmar para impedir a brutal repressão aos muçulmanos Rohingya. Khatami criticou o silêncio e a inação de organizações internacionais que carregam o nome do Islã, mas o seu comportamento não têm nenhuma semelhança a ensinamento do Islã.

Segundo um relatório recente, Israel continua a vender armas para a junta militar de Mianmar, apesar da contínua perseguição da minoria muçulmana Rohingya. Israel teria vendido à junta militar de Myanmar mais de 100 tanques e barcos e outros tipos de armamentos. As forças de Mianmar estão atacando os muçulmanos Rohingya e incendiando suas aldeias em Rakhine desde outubro de 2016. Houve numerosos relatos de testemunhas sobre execuções sumárias, estupros e ataques criminosos dos militares desde que começou a repressão contra o grupo minoritário.

O aiatolá Khatami chamou à intenção da região autônoma curda iraquiana a realização do referendo sobre o estatuto da sua separação como outra conspiração para mais discrepâncias na região. "as autoridades da região iraquiana do Curdistão devem entender o fato de que eles estão jogando um jogo em direção ao interesse do regime sionista", ele observou.

"O plebiscito no Curdistão é um velho desejo de arrogância mundial para criar outro Israel na região. Aqueles que procuram essa medida estão realizando esse desejo por suas sepulturas”, afirmou aiatolá Seyed Ahmad Khatami. Enquanto o regime de Tel Aviv apoia abertamente o referendo previsto para 25 de setembro, o clérigo reiterou que a República Islâmica, o governo de Bagdá e a Turquia se opõem à medida separatista. "As autoridades semi-autônomas do Curdistão devem levar em conta que estão agindo de forma a que o regime sionista prefere”, disse ele, e então expressou sua esperança de que as autoridades curdas levassem em conta essa conspiração israelense.

O primeiro-ministro israelita Benyamin Netanyahu expressou apoio à formação de um "Estado curdo" no âmbito de um referendo sobre a independência na região do Curdistão no Iraque, que provocou fortes críticas do governo central e dos países vizinhos do Iraque.

 Em um anúncio feito na quarta-feira, Netanyahu disse que Israel apoia os "esforços legítimos dos curdos para alcançar um Estado". O regime israelense goza de uma estreita relação com os curdos, que considera como um dos seus poucos aliados não-árabes na área. De acordo com um relatório de 2004 na revista New Yorker, os agentes militares e de inteligência de Israel estão ativos no Curdistão e treinam suas unidades de operações especiais.