Set. 24, 2017 14:14 UTC
  • Zarif: Irã renovará seu programa se os EUA sair do pacto nuclear

Teerã poderá se retirar do pacto nuclear Irã-Grupo 5 +1 e reativar seu programa nuclear, em caso dos EUA saírem do mesmo, assegurou o chanceler iraniano.

Em uma entrevista concedida no sábado à corrente estadounidense de televisão CNN, o ministro iraniano dos Assuntos Exteriores, Mohamad Javad Zarif, afirmou que Teerã tem uma ampla faixa de opções, se Washington romper com o pacto nuclear selado em julho de 2015 com o Grupo 5 +1 (EUA, o Reino Unido, França, Rússia e China, mais Alemanha).
O Irã tem várias opções a seu alcance, incluído a saída do pacto e a consequente rápida volta a seus programas nucleares, mas sem as limitações que teve aceitado voluntariamente, assinalou Zarif em alusão às recentes ameaças do presidente estadounidense, Donald Trump, de abandonar este acordo.
Na terça-feira passada , o inquilino da Casa Branca em seu discurso diante a 72ª sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas (AGNU), celebrada em Nova York (EUA), disse que o pacto nuclear havia sido uma vergonha para os estadounidenses.  
Sobre a ratificação que tem previsto emitir em outubro o Governo de Trump sobre se o Irã está cumprindo com o acordo, Zarif disse que esta medida não está incluída no acordo, mas é um processo interno dos Estados Unidos e (qualquer decisão) não exonera a Trump nem a sua Administração de suas responsabilidades, porque a única autoridade que pode verificar o pacto é a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em outra parte de suas declarações, o chanceler iraniano recusou alguns rumores que se escutam nos Estados Unidos a respeito de que o JCPOA tem uma cláusula de caduquice e deixou claro que o Irã, como membro do Tratado de Não Proliferação (TNP),  prometeu que nunca desenvolverá armas nucleares.
A República Islâmica do Irã tem advertido em reiteradas ocasiões que não ficará com os braços cruzados diante um eventual retiro dos EUA do pacto, assegurando que tal medida implicaria um alto custo para Washington e lhe geraria grande desconfiança internacional.
 

 

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