Irã e Qatar destacam a solução pacífica das crises regionais
O Irã e o Qatar sublinharam a necessidade de soluções pacíficas para crises regionais durante a conversa entre o ministro das Relações Exteriores iraniano Mohammad Javad Zarif com autoridades da Doha.
Zarif na terça-feira foi recebido por Emir do Qatar, xeique Tamim Bin Hamad Al Thani, na capital do Qatar. Durante a reunião, Zarif destacou a política de princípios do governo iraniano para ter as melhores relações com todos os seus vizinhos e expressou a esperança de que os laços entre Teerã e Doha melhorassem em todos os campos.
Ao tocar nas condições sensíveis da região e nas tensões, o chefe da diplomacia iraniano disse que nenhum dos conflitos regionais tinha soluções militares e que todos os lados tinham que aderir ao diálogo e dar prioridade às iniciativas regionais destinadas a promover estabilidade e segurança.
O emir do Qatar, por sua vez, expressou sua satisfação com o processo de reforçar os laços entre o Irã e o Qatar, observando que os dois países sempre buscaram relações estreitas. Ele também se congratulou com a posição da República Islâmica sobre encontrar uma solução pacífica para as crises regionais e apontou que é uma necessidade manter uma consulta permanente com os países regionais, incluindo o Irã.
Zarif está no Qatar na segunda etapa de sua viagem a dois países na região, sendo Omã o seu primeiro destino.
Em junho, a Arábia Saudita, o Egito, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos impuseram um embargo comercial e diplomático ao Qatar, acusando Doha de apoiar o terrorismo, uma denúncia fortemente negada por Doha.
Eles apresentaram ao Qatar uma lista de demandas, entre elas rebaixando os laços com o Irã, e deram-lhe um ultimato para cumpri-los ou enfrentar as consequências. Doha, no entanto, recusou-se a atender às demandas e disse que deveriam forçar o país a entregar sua soberania. O Irã assumiu uma posição neutra na disputa, mas, por razões humanitárias, enviou alimentos para o Qatar, em meio ao cerco ao país liderado pelas sauditas. Também permitiu que a linha aérea catarinense usasse seu espaço aéreo.