"Irã, bem preparado para uma saída dos EUA do pacto nuclear”.
(last modified Fri, 13 Oct 2017 00:08:42 GMT )
Out. 13, 2017 00:08 UTC

Ao enfatizar que há "confusão política" na Casa Branca sobre o JCPOA, o chefe da Organização iraniana de Energia Atômica enfatizou que o Irã está bem preparado para vários cenários.

"Os Estados Unidos parecem sofrer de" confusão política "e não sabem o que querem", disse o chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica (AIEA), Ali Akbar Salehi, depois de realizar uma reunião com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, em Londres (capital britânica) na quarta-feira.

Ele também enfatizou que qualquer violação do acordo nuclear, conhecido como Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA), pelos Estados Unidos teria uma série de consequências internacionais, acrescentando que a República Islâmica dará uma resposta adequada a uma possível retirada de Washington de o acordo nuclear.

Ele ressaltou que o Irã se prepara bem para vários cenários, reiterando que Teerã procura manter a JCPOA, "mas não a qualquer preço".

O presidente dos EUA, Donald Trump, deverá anunciar na sexta-feira a estratégia anti-iraniana de seu governo, que poderia incluir uma possível saída do pacto nuclear de Washington, sob o pretexto de que tal acordo não corresponda a interesses de segurança dos EUA.

"O Irã procederá de acordo com a estratégia adotada pelos EUA", disse o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã.

"A mensagem que os Estados Unidos enviariam para o resto do mundo é que não podemos confiar em Washington", disse recentemente a Federica Mogherini da União Europeia (UE), que votou há dois anos a favor de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC), que expressou unanimemente o seu apoio formal ao pacto nuclear e, por conseguinte, sublinhou que o fracasso da JCPOA prejudicaria a imagem da EUA.

Salehi enfatizou que Teerã pode se retirar do pacto nuclear do Irã-Grupo 5 + 1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha) e reativar seu programa nuclear, no caso de Washington sair dela.