O assessor do líder rejeita alegações de Hariri contra o Irã
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O assessor especial do líder da revolução islâmica em assuntos internacionais, Ali Akbar Velayati, rejeitou as recentes acusações contra o Irã pelo primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, um aliado saudita que recentemente anunciou sua demissão.
(last modified 2018-08-22T15:33:02+00:00 )
Nov. 15, 2017 08:57 UTC
  • O assessor do líder rejeita alegações de Hariri contra o Irã

O assessor especial do líder da revolução islâmica em assuntos internacionais, Ali Akbar Velayati, rejeitou as recentes acusações contra o Irã pelo primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, um aliado saudita que recentemente anunciou sua demissão.

Falando aos repórteres na terça-feira, Velayati rejeitou alegações do primeiro-ministro libanês em uma entrevista à televisão no domingo que havia dito ao Velayati numa recente encontro para que o Irã deixasse de interferir nos assuntos internos do Líbano.

Velayati encontrou-se com Hariri no Líbano no início deste mês, um dia antes de sua declaração de demissão.

"Em nossas conversas, essa questão não foi levantada e ele [Hariri] me pediu para mediar entre o Irã e a Arábia Saudita", disse Velayati. Ele acrescentou que suas discussões com Hariri foram ocorridas num ambiente serena e sem problemas, contrariamente ao que foi reivindicado.

"Isto é inculcação de sauditas e outros que não estão dispostos a ver a paz no Líbano e também a amizade estratégica entre os dois países (Irã e Líbano)", ressaltou.

Velayati enfatizou que os dois lados discutiram relações bilaterais e regionais. Apontando ao pedido de Hariri para mediar entre Teerã e Riad, ele disse: "Não temos nenhum problema com as negociações". "Na reunião, disse a Hariri que deveria dizer aos sauditas de parar os crimes humanitários no Iêmen... e manter negociações com os iemenitas porque a questão iemenita só tem uma solução política", disse o assessor do líder.

Ele acrescentou que o Irã e o Líbano desfrutam de relações estratégicas e expressaram a esperança de que Hariri voltasse ao Líbano e atuar segundo os regulamentos do país.

Hariri renunciou do cargo em 4 de novembro, um dia depois do encontro com Velayati em Beirute, citando vários motivos, inclusive a situação de segurança no Líbano. Ele também disse que percebeu uma trama sendo planejado contra a sua vida. Hariri também acusou o Irã e o movimento de resistência libanesa, Hezbollah, de se intrometerem nos assuntos dos países árabes; uma alegação que os dois rejeitaram.

O primeiro-ministro libanês anunciou sua demissão após sua visita à Arábia Saudita.

O presidente libanês Michel Aoun disse no domingo que Hariri estava vivendo em "circunstâncias misteriosas" em Riad, com alto grau de restrição (sua) liberdade" e Riad impunha "condições em sua residência e em seus contatos mesmo com a sua família".