Clérigo iraniano: Al-Quds tem dono divino e Trump será derrubado
Aiatolá Mohamad Ali Movahedi Kermani, durante um sermão de sexta-feira em Teerã, capital do Irã adverte o presidente dos EUA, Donald Trump, das consequências de sua decisão de reconhecer a cidade palestina de Al-Quds (Jerusalém) como a capital do regime sionista de Israel.
O orador da oração das sextas-feiras de Teerã também aconselhou o presidente dos EUA, Donald Trump, a abandonar seus sonhos em Al-Quds, acrescentando que "as autoridades anteriores da Casa Branca gastaram 7 bilhões de dólares na Ásia Ocidental para dar um golpe indevido à humanidade, ao islamismo, ao Irã e aqueles que procuram liberdade, mesmo assim não conseguiram alcançar os seus objetivos, disse Movahedi Kermani.
Ele descreveu Trump como uma pessoa "tola" e disse que deveria acordar e "pensar duas vezes em sua decisão sobre Al-Quds; a cidade sagrada tem um dono que é o Deus”.
A decisão controversa de Trump para mover a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Al-Quds foi anunciada em 6 de dezembro. Ela provocou fortes críticas de todo o mundo.
Uma resolução em condenação do movimento foi aprovada por 128 votos na Assembleia Geral das Nações Unidas foi aprovada. Os palestinos veem a cidade sagrada de Al-Quds como a capital do seu futuro país.
O clérigo também atacou a Arábia Saudita por "criar um banho de sangue no Iêmen”, embora alegue defender o Islã e os muçulmanos. "Basta o assassinato! Vocês realmente são muçulmanos enquanto estão assassinar os seus correligionários?”, dirigindo-se às autoridades do regime Al Saud.
Referindo-se aos recentes relatórios da Cruz Vermelha Internacional (IRC) sobre a trágica situação no Iêmen, Mohammad Ali Movahedi Kermani disse: "Vocês (os sauditas) que se autoproclamam guardiões de dois santuários sagrados do Islã, deve ter vergonha e parar de massacre de pessoas inocentes.”.
Uma intervenção militar no Iêmen foi lançada em 2015 pela Arábia Saudita, acompanhada por vários outros estados árabes. Os bombardeios causaram morte de milhares de civis iemenitas, incluindo centenas de crianças. Grupos de direitos humanos frequentemente acusaram a Arábia Saudita de violar os direitos básicos do povo do Iêmen, já que a coalizão bombardeou muitos lugares civis, incluindo escolas e hospitais.
Assim, reagiu às declarações de Ministro dos Negócios Estrangeiros do Bahrein Khalid Bin Ahmad Al Khalifa, que escreveu no sábado em sua conta na rede social Twitter que o sistema da República Islâmica do Irã "é temporário". Segundo o aiatolá Kermani, a melhor resposta a este tipo de declarações "tolices" é o silencio.
Em outra parte de seu sermão semanal, referiu se aos acontecimentos do dezembro de 2009, durante as eleições presidências, quando em reação ao vandalismo de um grupo de insatisfeitos pelo resultado da eleição, o povo iraniano mostrou seu apoio total ao sistema da República Islâmica.
Após as eleições presidenciais de junho de 2009, os manifestantes convocados por meios de comunicação estrangeiros, liderados pelos EUA, tentaram uma maneira grosseira de questionar a credibilidade das eleições e reunidas em 27 de dezembro em certas ruas da capital iraniana, Teerã. Em resposta, o povo iraniano tomou as ruas do país em 30 de dezembro de 2009 para repudiar os atos violentos praticados por esses grupos e, mais uma vez, expressar seu apoio à República Islâmica e ao Líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed. Ali Khamenei.