Israel e os EUA procuram vingança contra o Irã ao incitarem protestos
Apoiado pelos EUA, o regime saudita está tentando aproveitar os protestos civis e a liberdade de expressão no Irã para alcançar seus objetivos políticos e fomentar o caos.
Os recentes tumultos no Irã sobre a situação econômica fazem parte de um plano liderado pelo regime israelense e norte-americano contra Teerã, na tentativa de reduzir sua influência na região do Oriente Médio, diz um analista político.
"Sem dúvida, entre os planos mais importantes que os Estados Unidos e Israel criaram para enfrentar o Irã e sua influência na região aparece, perturbação da estabilidade interna do país e provocação de protestos”, disse Abdel Bari Atwan em um artigo publicado no sábado.
No artigo intitulado “O acordo secreto entre Israel e os EUA para reduzir a ameaça do Irã”, Atwan enfatiza que, enquanto a Rússia está trabalhando para tirar a Síria do "conflito sangrento" e do "caos" através dos diálogos, o debate sobre uma nova constituição e a realização de eleições presidenciais, Washington e o regime de Tel Aviv está a tentar piorar a situação na região sudoeste da Ásia, com conflitos, sob o pretexto de pôr termo à "ameaça" do Irã.

O analista político e editor-chefe do jornal árabe Rai al-Youm explicou que tudo isso ocorre porque Washington está perdendo sua influência na região e, sem querer, passando essa posição à Rússia e à China, fato que assusta o regime israelense.
“Sem dúvida, entre os roteiros mais importantes que os Estados Unidos e Israel planejaram enfrentar o Irã e sua influência na região está listada, perturbar a estabilidade interna do Irã e provocar protestos”, disse Abdel Bari Atwan, analista político e editor em chefe do jornal árabe Rai al-Youm.
Ele acrescentou que os medos levaram a materialização desse acordo secreto israelense-americano contra o Irã. Por um lado, Washington não derrubou o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, com o apoio que prestou aos opositores armados e, por outro lado, Israel tem "medo" do fortalecimento dos movimentos de resistência, como o Movimento da Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollah).
Atwan estava convencido de que qualquer acordo para contrariar a influência do Irã na Síria e no Líbano está condenado ao fracasso. Ele acrescentou que esse objetivo será alcançado somente se uma guerra contra Damasco ou Beirute for declarada, no entanto, advertiu o analista, tal jogo poderia ter consequências negativas, especificamente, para o regime usurpador de Israel.
Nos últimos anos, o regime de Tel Aviv, acompanhado pela Arábia Saudita, aproveitou todas as oportunidades para promover a iranofobia no mundo e não parou de conspirar alegações infundadas contra Teerã, o que demonstrou em numerosas ocasiões seu compromisso com o direito internacional e a luta contra o terrorismo na região.