Conferência de segurança em Teerã rejeita interferências estrangeiras
(last modified Tue, 09 Jan 2018 06:05:04 GMT )
Jan. 09, 2018 06:05 UTC
  • O Secretário Geral da Conferência Internacional de Segurança para a Ásia Ocidental Seyed Jalal Dehqani Firozabadi, Teerã, 8 de janeiro de 2018.
    O Secretário Geral da Conferência Internacional de Segurança para a Ásia Ocidental Seyed Jalal Dehqani Firozabadi, Teerã, 8 de janeiro de 2018.

Os participantes da segunda Conferência Internacional de Segurança para a Ásia Ocidental, realizada em Teerã, capital iraniana, rejeitaram a "interferência estrangeira" na região e defenderam uma "cooperação abrangente" entre os países da região.

A  segunda Conferência Internacional de Segurança para a Ásia Ocidental concluiu na segunda-feira o seu trabalho com a emissão de uma declaração final, na qual os participantes enfatizam a cooperação e a interação regionais como forma de alcançar a paz.

O Secretário-Geral da Conferência, Seyed Jalal Dehqani Firuzabadi, em uma cerimônia de encerramento com a participação de mais de 200 funcionários e especialistas iranianos e de outros países, lê o texto que destaca os esforços regionais e a cooperação que levaram à redução notável a ameaça de grupos terroristas.

Mas, acrescenta a nota, as políticas erradas de Washington e seus aliados regionais colocaram a Ásia Ocidental diante de novos desafios: "uma corrida de armamentos imparável, a intervenção militar de poderes extra regionais na região, o  aumento do extremismo e do terrorismo cibernético", entre outros, indica.

Dado esse cenário, o documento enumera as medidas que devem ser tomadas para neutralizar tais complôs na região e destaca a importância da "independência regional" e "cooperação abrangente entre os países da região, inclusive entre os rivais".

“A segurança da Ásia Ocidental será alcançada através da cooperação e colaboração de todos os países da região”, destaca a declaração final da Segunda Conferência Internacional de Segurança para a Ásia Ocidental. Irã acusa os EUA de serem a fonte do caos no Oriente Médio

Nesta mesma linha, o documento avisa que a interferência estrangeira apenas agrava a crise na área e dá como exemplo o caso da cidade palestina de Al-Quds (Jerusalém), declarada em 6 de dezembro como a capital do regime israelense pela EUA, conforme anunciado por seu presidente, Donald Trump; uma medida rejeitada pela comunidade internacional e que agravou a situação nos territórios palestinos ocupados.

Da mesma forma, os participantes da conferência defenderam o fim da ocupação israelense e a criação de um estado palestino independente com sua capital em Al-Quds.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, no discurso inaugural dessa Conferência, condenou, por sua vez, a política "destrutiva" dos Estados Unidos no sudoeste da Ásia, o que disse que piorou a crise na região.

O evento em Teerã centrou-se no papel do Irã e de outros atores regionais e transregionais nos arranjos de segurança do Oriente Médio. O progresso econômico e a segurança regional, a defesa coletiva e a cooperação em segurança, bem como o papel do Eixo da Resistência na segurança da Ásia Ocidental também foram discutidos na reunião.

 

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