Chanceler francês visita a Teerã para conversar com autoridades do Irã
Pars Today- O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, chegará a Teerã na noite de domingo para conversar com altas autoridades iranianas, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bahram Qassemi.
Durante sua visita de dois dias, Le Drian se reunirá e trocará opiniões com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, e o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, sobre questões bilaterais, regionais e internacionais, disse Qassemi.
A embaixada francesa havia dito anteriormente em um comunicado que uma exposição intitulada "O Louvre em Teerã" será realizada no Museu Nacional do Irã entre cinco de março a oito de junho e inaugurada por Le Drian e o presidente do Louvre, Jean-Luc Martinez.
Em 2017, a França foi o segundo maior parceiro comercial do Irã na União Europeia. Segundo o Tesouro francês, as trocas comerciais Irã-França ascenderam a 3,8 bilhões de euros no ano passado.
A viagem de Le Drian ao Irã vem em meio à recente posição intolerante da França sobre as capacidades da defesa do Irã. Em 27 de fevereiro, o chefe da diplomacia francesa afirmou que o programa de mísseis balísticos do Irã era muito preocupante e contrariava uma resolução da ONU. Ele também afirmou a necessidade de impedir que as atividades de mísseis iranianos se tornem uma ameaça para "todos os atores regionais", acrescentando que apresentaria o assunto durante sua visita a Teerã.
Ali Akbar Velayati, o conselheiro do líder da revolução islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, em assuntos internacionais, exortou no sábado a Paris que não reivindicava o que não podia cumprir.
Ele enfatizou que o Irã não permitiria que ninguém interferisse nos assuntos defensivos e em equipamentos e armas convencionais, sejam mísseis ou outros que o país necessita. Enfatizando as relações pacíficas do Irã com todos os países vizinhos, Velayati disse: "Se a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros francês for direcionada ao fortalecimento das relações, é melhor evitar tomar posições tão negativas".
Em 13 de fevereiro, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que o programa de mísseis balísticos do Irã deve ser colocado sob vigilância internacional. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano respondeu aos comentários, dizendo que a República Islâmica não permitiria que outros países minassem seus sistemas de defesa, enquanto eles próprios estão fornecendo armas letais aos países regionais.