Engajar-se em diálogos com Israel é "grande traição" a mundo muçulmano
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Pars Today- Orador de orações das sextas-feiras de Teerã, aiatolá Seyed Ahmad Khatami sublinhou nos seus sermões semanais que falar de negociações de paz com Israel era um "grande traição" ao mundo islâmico. Ele disse que a luta e resistência eram as únicas formas disponíveis para salvar a Palestina da ocupação do regime israelense.
(last modified 2018-08-22T15:33:36+00:00 )
Abr. 06, 2018 16:58 UTC
  • Engajar-se em diálogos com Israel é

Pars Today- Orador de orações das sextas-feiras de Teerã, aiatolá Seyed Ahmad Khatami sublinhou nos seus sermões semanais que falar de negociações de paz com Israel era um "grande traição" ao mundo islâmico. Ele disse que a luta e resistência eram as únicas formas disponíveis para salvar a Palestina da ocupação do regime israelense.

Em seu sermão, o aiatolá Khatami também condenou em particular os ataques do regime israelense contra palestinos que protestavam na última sexta-feira na linha de separação da Faixa de Gaza sitiada e dos territórios palestinos ocupados, cujo resultado foi à morte e ferimento de centenas de pessoas.

Da mesma forma, o clérigo repudiou o "silêncio" de alguns países árabes, incluindo a Arábia Saudita, contra os crimes israelenses no enclave costeiro, e pediu à comunidade muçulmana para dar uma resposta adequada ao regime "ocupante e executor" israelense.

 Além de que o silêncio, Khatami criticou a elite governante da Arábia Saudita para os seus contatos secretos com Israel visando "normalizar" os laços, e censurou o "novato" príncipe saudita Mohammad bin Salman, por defender recentemente o "direito de Israel para ser um Estado”.

"O regime na Arábia Saudita é criminoso e deve ser julgado em tribunais islâmicos" por sua cumplicidade nos massacres em Gaza, por derramar o sangue de mais de 10 mil iemenitas por mais de três anos de guerra e também por ser a fonte de todos os grupos terroristas, disse o aiatolá Khatami.

Os países costeiros no Golfo Pérsico não têm praticamente relações bilaterais ou multilaterais com o regime de Israel, por não o reconhecer como um Estado soberano, mas nos últimos anos a Arábia Saudita e alguns outros aliados árabes estão realizando esforços clandestinos para se aproximar a Israel.

Em 30 de março, o chefe do Estado Maior de Israel, tenente-general Gadi Eizenkot, revelou que o príncipe herdeiro saudita visitou Israel e teve um diálogo com o diretor do conselho de segurança nacional do regime, Meir Ben Shabat.

"Os palestinos fizeram uma manifestação apoiando o retorno dos refugiados e os sionistas os reprimiram com balas matando 20 e feriram centenas de manifestantes", disse o aiatolá Khatami, acrescentando "a verdade é que o derramamento de sangue está na natureza dos sionistas e a resposta a esse regime criminoso é somente o uso da força, assim como se referiu o líder supremo do Irã em sua recente mensagem”.

“Durante os 70 anos de ocupação da Palestina, muitas conversas e negociações foram realizadas, mas não apenas não aliviaram o status de desabrigados e refugiados palestinos, mas também o número de palestinos deslocados aumentou dia a dia e fez este regime mais descarado em cometer crimes”, afirmou o orador das orações das sextas-feiras.

"O mundo islâmico deve resistir aos crimes cometidos pelos sionistas e isso é uma exigência de ser muçulmano e árabe, será que os palestinos não são árabes? Por que esses chamados países árabes estão fechando os olhos aos crimes contra os palestinos? O silêncio deles é exatamente trair o Sagrado Alcorão”, articulou o clérigo.

“O que é estranho neste tempo é que um Muftis -traidor-religioso- na Arábia Saudita emitiu decretos para anular a manifestação em Gaza considerando-o Haram, e o regime sionista também saúda esse movimento, mas deixe-me dizer-lhes que o Alcorão diz que estes movimentos são contra o Islã”, sublinhou o aiatolá Khatami.

Dirigindo-se a um encontro de fiéis em Teerã, o aiatolá Khatami denunciou recentes declarações de autoridades israelenses, que ameaçaram atacar o Hezbollah até o final de 2018, e disse que o regime sionista já "tentou sua chance" no passado e foi derrotado pelo movimento. O Hezbollah (então) transformou as cidades israelenses de Tel Aviv e Haifa em "cidades-fantasmas" com seus mísseis de 70 quilômetros de alcance, disse ele, acrescentando que o Hezbollah é agora muito mais poderoso do que antes. "Se você quer que Haifa e Tel Aviv sejam destruídas, você pode tentar sua chance mais uma vez", afirmou o clérigo iraniano.

Em fevereiro, um alto comandante israelense avisou que as chances de guerra eram maiores do que nunca para 2018, à luz das vitórias do campo de batalha na Síria pelo presidente do país, Bashar al-Assad, Irã e Hezbollah.

O regime de Tel Aviv lançou uma guerra contra o Líbano no verão de 2006. Cerca de 1.200 libaneses, a maioria deles civis, foram mortos na Guerra dos 33 dias de 2006. Os combatentes do Hezbollah derrotaram as forças israelenses e Tel Aviv foi forçado a recuar sem atingir nenhum de seus objetivos.

 “O regime saudita é um regime corrupto que deve ser julgado em um tribunal competente. Seus crimes devem ser investigados, pois são os fundadores e patrocinadores de todos os grupos terroristas takfiri; não haveria nenhum ataque suicida no mundo a menos que os “ricos sauditas“ estivessem envolvidos nele”.