Irã condena ataques de Israel na Síria
Pars Today- O presidente da Comissão de Política Externa e Segurança Nacional do parlamento iraniano, Alaeddin Boroujerdi, condenou hoje "os ataques de Israel na Síria".
Em conferência de imprensa na embaixada do Irã em Lisboa, Boroujerdi referiu que "começou hoje um jogo perigoso" e salientou que "o objetivo principal" dos ataques israelitas, "apoiados pelos Estados Unidos", foi para "desviar a opinião pública da atitude do Presidente norte-americano por ter saído do acordo nuclear".
"O Irã condena os ataques e considera qualquer reação por parte da Síria como legítima defesa. Lembramos a Israel a guerra dos 33 dias" [conflito no norte de Israel e sul do Líbano, envolvendo as forças israelitas, o braço armado do Hezbollah e, em menor grau, o exército libanês, em 2006], disse Boroujerdi.
Seguramente, "se houver uma guerra por parte de Israel, a situação do mundo vai mudar", afirmou ainda o presidente da Comissão de Política Externa e Segurança Nacional da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, em visita a Portugal.
Alaeddin Boroujerdi frisou que "o papel do Irão nos últimos anos foi o de diminuir as tensões e os conflitos na região", flagelada por um conflito em que, recordou, "os Estados Unidos e os seus aliados europeus fizeram treinos militares, armaram fações e, em consequência, milhares de pessoas morreram e milhões de outras pessoas tiveram de se refugiar noutros países".
"Se o Irã não tivesse feito esse papel, hoje podíamos testemunhar uma outra situação como se viveu na Líbia. Vamos continuar a luta contra o terrorismo no futuro", sublinhou.
O membro da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, em visita a Portugal "num quadro de diplomacia parlamentar", vincou também a condenação do país do Golfo Pérsico às ações da Arábia Saudita e aliados no Iémen.
O presidente da Comissão de Política Externa e Segurança Nacional do parlamento iraniano afirmou que os iranianos "condenam a atitude da Arábia Saudita e dos seus aliados" e questionou: "Onde estão os gritos em defesa dos direitos humanos?"
"Um ser humano é um ser humano em qualquer parte do mundo, tenha a nacionalidade que tenha, tenha a religião que tenha", sublinhou Boroujerdi.
Por isso, instou o Parlamento Europeu e a países da Europa a condenarem "estes comportamentos", lamentando que "milhares de jovens europeus estejam dentro de grupos terroristas na região".
Além disso, O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, condenou nesta quinta-feira o ataque do regime sionista à Síria como uma flagrante violação da soberania do país.
Os freqüentes ataques do regime de ocupação de Quds em solo sírio são um ato de agressão que revela a natureza hegemônica do regime sionista, que não consegue suportar a paz, a estabilidade e a segurança na região e que depois de criar crises e desestabilizar a região garantir sua própria segurança, disse ele.
Os freqüentes ataques do regime sionista à Síria, sob justificativas falsas e infundadas, constituem uma violação da soberania nacional e da integridade territorial da Síria e desafiam todas as leis e regulamentos internacionais, disse o porta-voz.
O silêncio de outros países e organizações internacionais em tais movimentos agressivos e comportamento do regime sionista significa dar-lhes sinal verde e encorajar este regime a continuar seus movimentos agressivos, disse Qasemi.
Defesa legítima contra os agressores é o direito do governo e da nação resistentes da Síria, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Nos últimos sete anos, Damasco resistiu aos ataques brutais e armados realizados por grupos terroristas em nome do regime sionista, dos Estados Unidos e de alguns de seus aliados regionais, infligindo pesadas derrotas a esses grupos e impedindo que seus patrocinadores atingissem seus objetivos. , ele disse.