Irã escreve a ONU, renova apoio a conversações intra-iemenitas
(last modified Wed, 15 Aug 2018 13:33:42 GMT )
Ago. 15, 2018 13:33 UTC
  • Irã escreve a ONU, renova apoio a conversações intra-iemenitas

Pars Today- O Irã renova seu apoio às negociações intra-iemenitas para a resolução do conflito, dizendo que o regime saudita e seus aliados devem parar seus ataques mortais ao empobrecido Estado árabe e dar espaço aos esforços de paz.

Segundo a Press TV, em uma carta à ONU e ao Conselho de Segurança (UNSC), o embaixador iraniano na ONU Gholam-Ali Khoshrou destaca a posição do seu país de que não há solução militar para o conflito do Iêmen e que uma solução pacífica só pode ocorrer através de um diálogo nacional abrangente entra-iemenitas.

Por isso, acrescentou, a Arábia Saudita deve cessar sua intervenção militar e a política ruim no Iêmen e pôr fim ao seu bloqueio do país empobrecido, onde a pior crise humanitária do mundo está se desdobrando, segundo a ONU.

O Irã repete sua forte advertência à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança sobre as repercussões da invasão liderada pela Arábia Saudita e sobre a ameaça que representa para a paz e a segurança na região, disse o diplomata.

Khoshrou apontou a proposta de quatro pontos do Irã para a realização da paz no Iêmen, dizendo que Teerã estava preparado para se juntar a todas as partes interessadas em negociações serias destinadas a realizar o plano de paz.

O plano, apresentado pelo ministro das Relações Exteriores Mohammad Javad Zarif, enfatiza a necessidade de "acabar com os ataques aéreos sem sentido e estabelecer um cessar-fogo, garantindo assistência humanitária e médica ao povo do Iêmen e restabelecer a paz e a estabilidade neste país através do diálogo e reconciliação nacional sem pré-condições ”.

O embaixador também denunciou a acusação da Arábia Saudita de que o Irã viola a Resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iêmen.

Riad acusa o Irã de desrespeitar a resolução, que, entre outras coisas, pede o fim do apoio a fornecimento de armas ao Movimento Ansarullah, do Iêmen. Teerã e o grupo popular, que defende o Iêmen contra os invasores, invariavelmente rejeitaram as alegações.

A Arábia Saudita tem liderado uma invasão a nação mais empobrecida do mundo árabe desde 2015. A invasão matou milhares de pessoas e colocou o Iêmen à beira da fome.

As cartas foram submetidas ao organismo mundial dias depois que a coalizão liderada pela Arábia Saudita massacrou pelo menos 51 civis, 40 deles crianças, em um único ataque aéreo contra um ônibus na província de Saada.

A coalizão chamou a sua nova ataque como "legítima" e até disse que a medida está de acordo com as regulamentações internacionais.

 

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