Irã, Rússia, China, Índia e Afeganistão mantêm conversações de segurança em Teerã
(last modified Wed, 26 Sep 2018 18:19:00 GMT )
Set. 26, 2018 18:19 UTC
  • Irã, Rússia, China, Índia e Afeganistão mantêm conversações de segurança em Teerã

Pars Today- Altas autoridades de segurança do Irã, Rússia, China, Índia e Afeganistão participaram de uma reunião em Teerã para explorar formas de promover a paz e a luta contra o terrorismo na região.

O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, sediou a reunião de quarta-feira apelidada de "Diálogo Regional de Segurança", a que se juntaram seus colegas da Rússia, China, Índia e Afeganistão, Nikolai Patrushev, Dang Jing Wing, Ajit Doval e Hamdullah Mohib.

Falando no evento, Shamkhani apelou a uma cooperação mais próxima entre segurança e inteligência entre as nações participantes para o reforço da luta contínua contra o terrorismo na região.

Os estados regionais, disse ele, precisam tomar as questões de segurança em suas próprias mãos e ajudar a prevenir a intervenção estrangeira na região.

A reunião aconteceu apenas quatro dias depois que um ataque terrorista teve como alvo uma parada militar na cidade iraniana de Ahvaz, deixando inúmeras vítimas.

Comentando a tragédia, Shamkhani disse que o ataque terrorista mais uma vez desnudou a “atitude de duplo padrão” adotada por certos estados, que afirmam estar na linha de frente da luta contra o terror.

Ele censurou a "instrumentalização" do terrorismo, bem como o apoio financeiro, político, logístico e ideológico a grupos terroristas como exemplos de tais políticas de duplo padrão.

Afeganistão na agenda

Durante a reunião, Patrushev também abordou a situação no Afeganistão, que tem lutado com a militância do Taleban e Daesh ao longo dos anos.

A autoridade russa alertou contra as crescentes capacidades do grupo militante Taleban, apesar da presença de milhares de forças americanas no Afeganistão.

"Os sucessos militares do Taleban comprovam a futilidade das tentativas de apostar no uso da força militar para persuadir a oposição tradicional do Afeganistão a negociar", disse ele. "Pode-se afirmar que isso está acontecendo apesar da presença militar de 17 anos dos Estados Unidos no Afeganistão".