Irã: Uso manipulado de terrorismo tem causado tragédia mundial
O iraniano, vice-chanceler para Assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir Abdolahian, lamentou que a situação do mundo atual fosse resultado de "uso manipulado do terrorismo" por alguns países.
"A situação atual no Oriente Médio e em partes da Europa e a crise dos refugiados são resultados das políticas e medidas errôneas de alguns países de uso manipulado do terrorismo", afirmou Amir Abdolahian na segunda-feira.
Ele falou durante um encontro com cientistas políticos e sociais do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Teerã (capital do Irã) no qual abordou a situação na Ásia Ocidental. O diplomata salientou que enfraquecendo o extremismo e o terrorismo no mundo se deve a adoção de políticas realistas por parte dos países na Ásia Ocidental, com o apoio da comunidade internacional, a fim de implementar soluções políticas.
Além de enfatizar que a política da República Islâmica é baseada na cooperação e interação com os seus vizinhos e respeito pela sua integridade nacional, ressaltou que o enfraquecimento dos governos e divisão dos países da região é politicas procuradas por regime israelense.
Ele acrescentou ainda que o seu país tem apoiado os esforços internacionais para acabar com a crise na Síria e o fortalecimento da paz e da estabilidade na região, mas, ao mesmo tempo salientou que os sírios são os que devem determinar o seu futuro, sem intervenção estrangeira alguns.
Autoridades iranianas têm insistido repetidamente que a única solução para acabar com a crise síria passaria por respeito pela sua integridade territorial, independência e unidade nacional do país árabe, onde uma crise ao longo de cinco anos, tem deixado mais de 270 mil mortos, de acordo com o Observatório sírio para os Direitos Humanos (OSDH), situado em Londres.
Enquanto a Síria é mantida a trégua que começou desde 27 de fevereiro, continuam os esforços políticos para acabarem com crise síria, de fato, durante a última rodada de consultas em 14 e 24 de março os representantes do governo de Damasco e oposição realizaram reuniões separadas com o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, e no final, apresentaram um documento e definiram as suas abordagens comuns sobre o assunto.