Arábia Saudita se deve a comunidade internacional e não o Irã
A Arábia Saudita sob pretexto dos rituais de Hajj fez um ajuste de contas políticas com a comunidade muçulmana, denunciou um titular iraniano.
O diretor da Organização de Hajj e Peregrinação do Irã, Said Ohadi, lamentou que o comportamento irrespetuoso das autoridades sauditas para com os fiéis muçulmanos, e sobretudo para os peregrinos iranianos, tenha-lhes privado do seu direito legítimo de realizar os seus rituais de Hajj.
“Os muçulmanos do mundo não se rendem diante aos pensamentos desviados (extremistas) dos sauditas , e eles têm que mudar seu enfoque para com os peregrinos”, e cumprir com seu dever de respeitar aos muçulmanos, disse Ohadi.
Precisou que as autoridades da monarquia saudita não estavam dispostas a apresentar propostas que garanta a segurança dos peregrinos iranianos, e também não contavam com a vontade necessária para aceitar aos muçulmanos iranianos no Hajj deste ano.
Denunciou a campanha mediática lançada por Riad com o objetivo de apresentar o Irã como o culpado pela não participação dos iranianos nos rituais do Hajj deste ano, e assegurou que hoje em dia é a Arábia Saudita que se deve a comunidade internacional e não o Irã.
O passado 29 de maio, a Organização de Hajj e Peregrinação do Irã, anunciou em um comunicado a anulação da peregrinação deste ano de cidadãos iranianos devido as obstuções das autoridades sauditas.
Teerã tem insistido em suas demandas devido a experiências trágicas como a estampida ocorrida em Mina, uma localidade próxima à Meca (a Arábia Saudita), durante os rituais do Hajj em 2015, onde, segundo cifras oficiais de Teerã, morreram mais de 2300 pessoas, incluídos 465 iranianas.