Jun. 28, 2016 12:07 UTC
  • Zarif: Trágicos acontecimentos de Sardasht são para repetir na região

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã alertou sobre "desastres químicos» no Iraque e na Síria devido à posse de armas de destruição em massa por grupos terroristas.

O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, fez a alerta na segunda-feira no aniversário do bombardeio químico lançado em 29 de Junho de 1987, pelo ex-régime iraquiano contra a cidade iraniana de Sardasht, durante a guerra do Iraque contra o Irã (1980-1988.).

O ataque, considerado um dos piores ataques químicos na história do mundo, deixou 113 civis mortos e mais de 5.000 feridos.

Os documentos classificados publicados posteriormente pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, por sua sigla em Inglês) mostrou que Washington e muitos de seus aliados ocidentais estavam envolvidos nestes ataques químicos mortais.

“Hoje, estamos assistindo a repetição dos mesmos erros cometidos no passado pelas potências imperialistas; equipar grupos terroristas como Daesh com substâncias tóxicas e armas químicas, e desta vez no Iraque e na Síria”, lamentou o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif.

Naquele dia trágico, recordou- em alusão ao dia em que por ordem do executado ditador iraquiano Saddam Hussein, foi lançado bombas químicas contra “Sardasht-, deve tornar-se um evento simbólico para a tomada de ações coletivas contra crimes de guerra e uso de armas de destruição em massa”.

Chamou as potências mundiais e aqueles que forneceram as armas a cumprir com as obrigações legais e éticas para destruir seus estoques de armas proibidas e, assim, evitar uma repetição dos acontecimentos catastróficos ocorridos em Sardasht.

O diplomata iraniano também disse que a República Islâmica do Irã, como um membro ativo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), condena qualquer atividade relacionada com armas de destruição em massa.

Síria e do Iraque alvos de ofensivas terroristas a grande escala nos últimos anos, têm sofrido vários ataques químicos por grupos extremistas, incluindo Daesh. Só na Síria, centenas de pessoas, a maioria civis, já foram mortos desde a eclosão do conflito em 2011 por causa dos ataques com gases tóxicos, asfixiantes como o Sarin, Gás mostarda e Cloro.

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