Irã recusa declarações de Merkel sobre seu programa de mísseis balísticos
O Irã recusa as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre seu programa de mísseis balísticos e qualificou as pouco construtivas.
“O Irã,vem reiterando em inúmeras ocasiões que seu programa de mísseis balísticos só tem um aspecto defensivo, e os mísseis não foram desenhados para transportarem ojivas nucleares, não violamos a resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e não tem nada haver com o acordo nuclear iraniano”, declarou na sexta-feira o porta-voz da Chancelaria iraniana, Bahram Qasemi.
Merkel afirmou na quinta-feira que Irã tem entrado em conflito com as regulações do CSNU para deter seu programa de mísseis balísticos “ilegais ”.
O Irã "deu continuidade sem cessar o desenvolvimento de seu programa de mísseis, em conflito com as disposições apropriadas do Conselho de Segurança da ONU", assinalou a chanceler.
Disse também, que o sistema anti-misseis da Organização do Tratado do Atlántico Norte (OTAN), deslocado na Romênia, revisando o programa de mísseis do Irã que foi "desenvolvido exclusivamente somente para a defesa".
Neste contexto, Qasemi enfatizou que o programa de mísseis da República Islâmica do Irã se desenvolve conforme às doutrinas defensivas do país persa e os balanços de segurança nacional, de fato, insistiu, este tipo de declarações não tem nenhum efeito sobre o “legítimo” programa de mísseis do Irã.
NA mesma jornada de quinta-feira o secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou, em um relatório, que os últimos lançamentos de mísseis balísticos por parte do Irã, a seu julgamento, “não são conformes ao espírito construtivo” ao Plano Integral de Ação Conjunta atingido em julho de 2015 entre Irã e o Grupo 5+1.
Fontes diplomáticas de Teerã assinalam que o secretário geral da ONU não deve incluir em seu relatório ao CSNU temas que contradigam o conteúdo do JCPOA.
Teerã, tem reiterado uma e outra vez que nunca procurou e não procurará desenvolver armas nucleares, e que sempre tem respeitado o marco definido, tanto no Tratado de Não Proliferação (TNP) nuclear como no JCPOA.