Um ano após o guindaste incidente, Riad não tem compensado as vítimas
Um ano depois do trágico incidente da queda de um guindaste n mesquita de Al-Haram em Meca, a Riad não tem indenizado mais de cem vítimas.
O chefe da Organização dos Hajj e Peregrinação do Irã, Saeed Ohadi, denunciou em uma entrevista na terça-feira, à agência oficial de notícias iraniana-IRNA, a falta de uma resposta adequada por parte das autoridades sauditas sobre as causas do incidente fatal, e data exata do pagamento de compensação às vítimas.
O acidente, que resultou na morte de 107 peregrinos ocorreu em 11 de setembro, 2015, apenas duas semanas antes do inicio dos rituais anuais do hajj.
Entre os mortos, 11 eram cidadãos iranianos, junto com outras 32 pessoas feridas, algumas em estado grave.
O diretor da Organização iraniana criticou a monarquia saudita por não ter atendido as exigências legítimas do governo iraniano e parentes das vítimas para compensar as pessoas afetadas, enquanto explicou que as autoridades sauditas prometeram pagar uma indemnização mais cedo, antes do início dos rituais do hajj deste ano, três de Setembro.
Após oito meses de investigações sigilosas, o Escritório da Arábia Saudita na terça-feira dirigiu acusações contra dois funcionários do governo e vários engenheiros no caso do incidente mortal no Al-Haram (Grande Mesquita), de acordo com o jornal saudita Al-Riad. "O tribunal está na primeira audiência a ouvir os testemunhos e evidencias,” disse ele.
De acordo com dados recentes que ocorreram no âmbito do inquérito, a principal causa da queda do guindaste foi os ventos fortes, mas o comitê de investigação culpou parcialmente a empresa contratante Bin Laden, responsável pelo projeto de expansão da mesquita.
O incidente foi um embaraço para a família real saudita, questionou a competência do Riad para monitorar os locais mais sagrados do Islã, especialmente quando em menos de duas semanas após a primeira tragédia ocorreu um ainda pior.
Em 24 de setembro, aconteceu um tumulto mortal na cidade de Mina, perto de Meca, que deixou de acordo com diferentes fontes, entre 770 e 4.700 mortos.