Síria pede indenização da Coalizão por atacar campos petrolíferos
Out. 25, 2016 10:52 UTC
A Síria pediu à denominada Coalizão internacional, liderada pelos EUA a cessar seus bombardeios contra os poços de petróleo e a infraestrutura econômica do país.
Em uma carta enviada ao secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, o embaixador permanente da Síria nas Nações Unidas, Bashar al-Jafari declarou no domingo que este tipo de ações, junto com as sanções unilaterais impostas contra Damasco têm deteriorado a situação do povo sírio.
"Devido a este tipo de ataques repetidos e deliberados contra os campos de petróleo e a infraestrutura econômica do país, a Síria se reserva o direito de exigir aos Estados participantes na Coalizão, encabeçada por EUA, a indenização por danos e prejuízos”, enfatizou Al-Jafari.
O diplomata sírio também denunciou os recentes bombardeios da coalizão em que foram destruídos ou danificados uma série de projetos de petroleiro na província de Deir al-Zur, no este da Síria.
Segundo Al-Yafari, “os ataques aéreos da coalizão internacional têm causado grandes danos nos campos de petroleiros e gás das províncias de Deir a o-Zur, Al-Hasaka e Al-Raqa”.
No passado mês de setembro também, o chanceler sírio, Walid al-Moalem, tinha dito que os Estados Unidos estavam utilizando a Frente al-Nusra (recém-denominado Frente Fath al-Sham) para atacar as instalações e infraestrutura ao fim de debilitar o Governo de Damasco.
A Síria vive mergulhada em um conflito desencadeado por grupos armados que tentam derrotar o Governo do presidente do país, Bashar al-Asad. Segundo as estimativas das Nações Unidas o conflito tem deixado uns 400.000 mortos, mas a oposição Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) documenta 301.000 mortos desde a eclosão em março de 2011.