Ansarollah: Governo de Salvação Nacional servir o povo iemenita
O líder do movimento popular iemenita Ansarollah, Abdulmalik al-Houthi assegurou que o novo governo de "salvação nacional" tem como objetivo servir os interesses do povo iemenita que sofre meses de ataques sauditas.
"A formação do Governo de Salvação Nacional é de grande importância, uma vez que irá consolidar posições do país e os esforços para servir o povo", disse o Abdulmalik al-Houthi na terça-feira, segundo o canal iemenita Al-Masirah.
O líder popular fez estes comentários por ocasião do 49º aniversário da independência do sul do país do Reino Unido, chamou de toda a nação para organizar marchas e manifestações em apoio ao novo governo e ignorar tentativas de alguns partidos para criar divisão entre os cidadãos.
Na segunda-feira, Ansarollah e o partido do Congresso Geral do Povo (GPC, em Inglês), que o pertence o ex-presidente Ali Saleh Abdollah (1990-2012), anunciou a formação de um novo governo de "salvação nacional", que substituirá o Conselho supremo político, criado em agosto passado.
O novo executivo se formou após o ex-presidente fugitivo, Abdu Rabu Mansur Hadi, rejeitou um plano da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a qual Hadi deve entregar o poder a um vice-presidente nomeado por consenso com Ansarollah.
No entanto, o novo governo que será liderado pelo ex-governador da província de Aden (no sul) Abdelaziz Saleh Bin Habtur, prometeu ajudar os esforços da ONU para alcançar a paz no mais pobre país árabe, devastado por agressão prolongada da Arábia e uma ofensiva terrorista de Al-Qaeda.
Saleh Bin Habtur, por sua vez, considerou hoje a formação da estrutura de governo como um passo vital para a resolução dos assuntos internos do Iêmen e muito necessário para enfrentar as consequências da agressão da chamada coalizão liderado pela Arábia Saudita.
O chefe do governo de "salvação nacional" recordou que os 150 mil ataque que realizou a chamada coalizão contra o Iêmen desde março 2015, mostra a verdadeira natureza da agressão Arábia e prometeu uma resposta robusta a estes ataques mortais, que deixaram até o agora mais de 7000 civis mortos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Youssef al-Utaymeen, o Secretario da Organização da Cooperação Islâmica, em reação a formação do governo de salvação nacional, considerou a declaração como a violação de resoluções do Conselho Segurança do ONU e é contra os esforços regionais e internacionais para chegar a uma resolução pacifica do conflito iemenita.