Mahmoud Abbas é mais uma vez eleito líder do Al Fatah
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O chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, foi reeleito por unanimidade para um novo mandato de cinco anos como titular do Al Fatah, partido mandatário do movimento palestino.
(last modified 2018-08-22T15:31:32+00:00 )
Nov. 30, 2016 18:51 UTC
  • Mahmoud Abbas é mais uma vez eleito líder do Al Fatah

O chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, foi reeleito por unanimidade para um novo mandato de cinco anos como titular do Al Fatah, partido mandatário do movimento palestino.

A decisão foi tomada no sétimo congresso da organização, que aconteceu na última terça-feira  no palácio presidencial de Ramallah, na Cisjordânia. As informações são da Agência  ANSA.

A eleição acabou definitivamente com os boatos, divulgados majoritariamente pelos opositores internos de Abbas e que já circulam há um tempo, de que a reunião desta terça seria a ocasião de ver pela primeira vez o futuro do Al Fatah sem seu atual presidente. Com 81 anos, o sucessor de Yasser Arafat pôde liderar com firmeza o Al Fatah e impedir o avanço de Mohammed Dahlan, considerado o seu principal opositor.

Expulso em 2011 do partido palestino, Dahlan ainda tem um consistente número de seguidores e várias vezes países do chamado "quarteto árabe", composto por Emirados Árabes, Egito, Arábia Saudita e Jordânia, pedem a Abbas que readmita Dahlan na legenda.

O Al Fatah é o coração da Organização da Libertação da Palestina (OLP), na qual estão representados os diversos grupos políticos palestinos, inclusive o Hamas, grupo armado terrorista. O partido também tem o poder de estabelecer a política palestina frente a Israel, com as negociações e acordos de paz entre os dois.

Após a vitória de Abbas, o líder do Hamas, Khaled Meshaal, enviou uma mensagem na qual disse que o seu grupo "está pronto para todos os requerimentos para a sua associação com o Fatah e com todas as forças palestinas para beneficiar nosso povo, a sua causa, e a sua batalha contra a ocupação de Israel". Meshaal também insistiu na necessidade do "reconciliação" com o Al Fatah, para "por um fim na divisão palestina", objetivo em jogo há um tempo, mas por enquanto sem nenhum resultado.

Na conferência desta terça, participaram 1.322 delegados da Cisjordânia, de Gaza e outras 60 delegações de 28 países e de organizações externas, como do Partido Comunista Chinês, a Internacional Socialista e o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na área, Nikolay Mladenov. No congresso, que tem cinco dias de duração, também se elegerá um comitê central, com 22 membros, e o Conselho Revolucionário, com 125 membros.