Resolução da ONU sobre Israel é um "um passo significativo"
O Conselho de Segurança da ONU aprovou a Resolução que pede acabar com assentamentos israelenses nos territórios ocupados palestinos.
Com 14 votos a favor e a abstenção dos Estados Unidos, que foi fundamental, o máximo órgão de decisões da ONU aprovou uma resolução que condena a política israelita de colonatos nos territórios palestinianos.
A resolução, que foi apresentado pela Venezuela, Nova Zelândia, Malásia e Senegal, exorta Israel a "parar imediatamente e completamente toda a atividade de assentamentos em território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental."
Comentando a decisão, através de seu porta-voz, Ban Ki-moon disse que a adoção da resolução é "um passo significativo" e mostra "a liderança muito necessária do conselho, e os esforços coletivos da comunidade internacional para confirmar que a visão dos Estados Unidos ainda é alcançável".
O secretário-geral da ONU "aproveita esta oportunidade para encorajar os líderes israelitas e palestinianos a trabalhar com a comunidade internacional para criar um ambiente favorável para o retorno às negociações significativas", refere na declaração.
"As Nações Unidas estão prontas para apoiar todas as partes para alcançar esse objetivo", disse Ban Ki-moon, que cessará funções no último dia do ano, sendo substituído no cargo pelo antigo primeiro-ministro português António Guterres.Por outro lado,
Por outro lado, Benjamin Netanyahu em reação a resolução declarou que Israel não vai cumprir a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que exige o fim imediato dos assentamentos em territórios palestinianos.
"Israel rejeita a vergonhosa resolução da ONU anti-Israel e não está de acordo", informa, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita.
No comunicado, o primeiro-ministro salienta que, como o "Conselho de Segurança não faz nada para parar o massacre de meio milhão de pessoas na Síria, conspira contra a única verdadeira democracia do Médio Oriente, Israel, e qualifica o Muro das Lamentações [lugar mais sagrado do judaísmo] como um 'território ocupado", disse.
Ele enfatizou que os EUA com a sua abstenção não foram capaz de proteger o Israel perante esta instabilidade. “O Telavive espera a chegada do Trump, o presidente eleito e através dos seus amigos e aliados no Congresso dos EUA, para neutralizar o efeito destes atos”, acrescentou o comunicado emitido pelo governo israelense.
Netanyahu também criticou o Senegal e Nova Zelândia e afirmou que estão convocação urgentemente os Embaixadores israelenses nestes países e será suspensa a ajuda do seu país a Senegal.
Donald Trump, o presidente eleito dos EUA, por sua vez também repudia a resolução anti-israelense do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Em uma mensagem no Twitter, Trump disse que haverá mudanças na Organização das Nações Unidas (ONU) com a sua chegada à Casa Branca.
Mais cedo, Trump tinha opinado que os Estados Unidos deveriam vetar a resolução. O magnata tem sido apontado como futuro embaixador dos EUA no Israel, o David Friedman, com a longa história de apoio a assentamentos israelenses.
Friedman defende a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, uma ideia fortemente criticada pela atual administração dos EUA.